Tadej Pogačar da o troco em Vingegaard
Com uma demonstração de força e resiliência que beira o lendário, Tadej Pogačar redefiniu os limites do ciclismo na 12ª etapa do Tour de France, ao subir a icônica montanha de Hautacam. Apesar de ter sofrido um acidente na etapa anterior, o prodígio esloveno não apenas superou adversidades físicas, mas também esteve a um triz de estabelecer um novo recorde histórico na desafiadora subida. Sua performance avassaladora, que o viu abrir uma vantagem de mais de dois minutos sobre seus concorrentes diretos, é um testamento de sua inabalável determinação e habilidade incomparável, cravando mais um capítulo glorioso em sua já brilhante carreira.A orquestração tática de sua equipe, a UAE Team Emirates-XRG, foi um prelúdio digno para a epopeia que se seguiria. Com um "leadout" implacável e calculado, ciclistas como Tim Wellens e Jhonatan Narváez executaram puxadas potentes e precisas nas encostas iniciais do Hautacam. Essa estratégia de ritmo excruciante, com potências que desafiavam os limites humanos, visava desintegrar o pelotão e preparar o terreno para o ataque decisivo de seu capitão. Foi uma sinfonia de força e sacrifício que culminou na posição ideal para o arranque fulminante de Pogačar, mesmo que ainda restasse cerca de 12 Km de pura subida íngrime pela frente.
Mas foi assim que a estrada se inclinou para o Hautacam, com Pogačar, impulsionado por uma audácia quase mítica, lançou seu ataque que não teve resposta do principal rival Jonas Vingegaard, que em 2022 havia derrotado ele mesmo neste mesmo local. Sua aceleração foi tão explosiva que nem mesmo um sprint foi necessário para criar uma lacuna intransponível. Parecia uma vingança contra a derrota que havia sofrido de Jonas Vingegaard, que não conseguiu segui-lo e assim a diferença entre os dois aumentou mais uma vez, solidificando a superioridade de Pogačar a cada pedalada. Com uma demonstração magistral de escalada, ele cruzou a linha de chegada com uma vantagem de 2 minutos e 10 segundos, reafirmando sua soberania nas montanhas.
A cronometragem oficial de Pogačar no Hautacam, impressionantes 35 minutos e 8 segundos, não apenas o coloca como o escalador mais rápido na montanha desde a década de 1990, mas também ecoa o feito de grandes campeões da história do ciclismo. Embora pareça que a recuperação de seu acidente recente possa ter adicionado uma camada de desafio, e que o "leadout" possa ter sido estrategicamente adiantado, nada diminui o brilho de sua conquista. Esta performance não é apenas uma vitória, mas uma exaltação do espírito esportivo, da força de vontade e do domínio absoluto que Tadej Pogačar demonstra, elevando-o a um patamar de grandeza no ciclismo mundial e a quase certeza que o quarto título pode se tornar uma realidade no final do próxima semana.
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