Paris é o reino do Rei Nadal
Para ele o ano de 2009 não foi dos melhores, Rafael Nadal sofreu com lesões, fez preparações inadequadas para os torneios e o pior de tudo, foi derrotado pela primeira vez em sua carreira no torneio de Roland Garros, caiu diante do sueco Robin Soderling e viu o mundo desabar diante de si, dúvidas sobre o seu prório futuro, o abandono no Aberto da Austrália deste ano o deixou apreensivo, mais do que os próprios fãs ele mesmo queria saber se ainda tinha chances de voltar a ser um grande campeão, o tempo passou e ele aprendeu as lições, declarou que havia crescido como jogador e também como pessoa de lá pra cá, e hoje conseguiu definitivamente reconquistar um reinado que sempre foi seu.Nada de arriscar desta vez, Nadal conquista o título em Monte Carlo mas não vai jogar o torneio de Barcelona, estratégia para intercalar semana de competição com semana de descanso, deu certo, ela faturou também os títulos de Roma e de Madrid, jogar no saibro é com ele mesmo, afinal ele é o "Rei do Saibro", mas sempre falta algo mais para se provar o quanto é bom, os feitos ficam marcados na história mas quando se vive um presente o passado fica apenas no passado, chegamos em Roland Garros e se ele fracassar de nada terá valido vencer os Masters 1000, ele joga como nunca e chega na grande decisão, o adversário no entanto não era quem todos imaginavam que ia ser.
O topo do ranking, a taça de Roland Garros que faltava em sua coleção e o recorde de Grand Slam conquistados que era de Pete Sampras, Roger Federer defendia o título em Paris e quem poderia imaginá-lo fora da final? Só mesmo o sueco Robin Soderling, o algoz de Nadal em 2009 quando o espanhol era cabeça-de-chave número um se torna o carrasco do suiço quando este tem o status de favorito ao título, um status que todos entendem ser apenas porque era o atual campeão, porque no fundo vendo o que Rafael Nadal vem jogando na terra batida nessas últimas semanas, ficava praticamente impossível não crer cegamente que ele iria recuperar sua coroa no Aberto da França, mesmo que fosse Björn Borg do outro lado, ou quem sabe até Max Decugis.Um rolo compressor arrasador, Soderling tinha expectativa de repetir a façanha do ano passado mas Nadal tinha muito mais convicção de que ia repetir a façanha que já conseguiu outras quatro vezes, nenhum set perdido em todo o torneio, 38 vitórias em 39 jogos disputados em Roland Garros, ninguém tem dúvida alguma de que Paris é o seu reino, é o seu palco favorito que lhe faz chorar quando recebe o troféu, que lhe faz dizer que o título é mais importante do que ser número um, o seu quinto título que o deixa a apenas um do recorde de seis conseguido por Borg, provando definitivamente que o ano passado sim ficou no passado, e uma nova era começou, e ela deve permanecer ainda por muitos e muitos anos, pois Rafael Nadal é mesmo imbatível no saibro. (Fotos: Matthew Stockman/Getty Images e Julian Finney/Getty Images via PicApp)
4 Comentários:
Vi alguém comentando no twitter e concordo: não dá nem para entender porque ele se joga no saibro quando ganha o título. Já deve até ter perdido a graça...
Convenhamos Grissi, todos querem ganhar títulos mais de uma vez, alcançar o quinto título em um torneio de Roland Garros não é para qualquer um, por isso ele se joga no chão (aliás quase todos tenistas fazem isso) e no ano que vem se ganhar o sexto irá igualar o recorde .... e se bater o recorde com sete então sua roupa vai estar sempre suja de saibro, não tem jeito !!!!!!!
Vingança é um prato que se come frio, Nadal estava louco por essa revanche contra Soderling. Atropelou e conquistou o merecido título. Tava complicado alguém bater o espanhol, nem o Federer seria páreo para ele.
Apesar de preferir o Federer (apenas preferência mesmo), sou dos que fazem coro de que Nadal também é um gênio. O espanhol joga muito!
Imagina um jogo entre Rafel Nadal e Gustavo Kuerten (no seu auge) nas quadras de Roland Garros, quem venceria? Difícil responder e muito a lamentar por não ter acontecido esse confronto...
Postar um comentário