Grande evento, mas nem tanto
O mês de outubro começou com a impressão de que parece estar chovendo por toda parte. Em Newport, no País de Gales, não é diferente. O tempo fechou e a água caiu do céu desde as primeiras horas da manhã não dando uma trégua sequer, assim só restou atrasar o início de uma das mais prestigiadas competições de golfe de todo o mundo, a Ryder Cup. É preciso esperar dois anos para que o torneio realizado desde o ano de 1927 aconteça, e vale a pena. A Ryder Cup é apontada, nessa altura principalmente por alguns veículos de comunicação de Portugal, como o terceiro maior evento esportivo do planeta, perdendo apenas para a Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos de Verão. O motivo é bem simples e compreensível, já que o país lusitano tem tudo para ser a sede da edição de 2018 do torneio, um desejo que muitos querem, mas será que todos também consideram tanto esse evento?Segundo contam alguns descendentes de nossos desbravadores, a Ryder Cup tem a cobertura de 2 mil jornalistas e fotógrafos, a transmissão é feita para pelo menos 500 milhões de lares em mais de 180 países ao redor do globo terrestre, e durante todos os dias do evento são cerca de 300 mil espectadores acompanhando essa grandiosa competição de golfe. Os números sem dúvida impressionam muito, mas não há dúvidas que existe um pouco de exagero, não tem como colocar a Ryder Cup, mesmo com todo seu prestígio e importância, à frente de alguns acontecimentos esportivos como os próprios torneios Majors de Golfe, a Champions Legue de futebol e principalmente o Super Bowl no Futebol Americano, evento que sempre acaba sendo considerado o de maior audiência na TV todas as vezes que acontece. Antigo, maior, mais importante ou qualquer outro termo no fundo não importa muito, principalmente para quem se importa com ele.
Seja o terceiro maior evento esportivo do mundo ou não a Ryder Cup tem o seu charme à parte. Nesta disputa os jogadores acostumados com a individualidade deste esporte irão se unir por seu país, ou seus países no caso do Europeus. Isso porque o duelo nada mais é do que Estados Unidos contra a Europa, mas nem sempre foi assim. Em 1927, e desta forma até o ano de 1971, era Estados Unidos contra Grã-Betenha, com uma enorme vantagem dos americanos. Nas três edições seguintes os ingleses se juntaram aos irlandeses mas não adiantou nada, foram mais três derrotas até que em 1979 a batalha fosse finalmente contra todos os bons jogadores europeus. Foram mais três triunfos dos representantes da Terra do Tio Sam até que a partir de 1985 a alegria dos Estados Unidos teve um fim, apenas quatro vitórias de lá para cá, nenhuma delas jogando fora do seu território ou do território inglês, péssima notícia para esse ano.O time europeu tem Rory McIlroy, Ian Poulter e Pádraig Harrington. Os Estados Unidos contam com a presença de Phil Mickelson, Bubba Watson, Dustin Johnson, Zach Johnson e um convidado bem conhecido do público, Tiger Woods. A verdade é que aquele ano de 1999, onde Woods estreava na Ryder Cup nervoso com apenas 21 anos de idade ficou para trás, hoje ele tenta superar os problemas pessoais que afetaram completamente o lado profissional de sua vida, ele tenta espantar a má fase e nada melhor do que jogar pelo seu país, por sua pátria e por seu povo para quem sabe conseguir definitivamente mudar a história que vive atualmente, esquecer o drama que passou e voltar a fazer o que mais sabe na vida. Os americanos mais do que nunca vão precisar disso, principalmente para repetir a vitória do ano passado, relembrar os bons tempos de glória que não voltam mais e quem sabe afirmar que a Ryder Cup é o terceiro maior evento esportivo do planeta, para quem a ama de verdade pode ser até o primeiro e ninguém contestará isso. (Fotos: Andy Lyons/Getty Images e Jamie Squire/Getty Images via PicApp)
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