Tal como nossas equipes de futebol
Antes que alguém suponha ser uma tendência falar do New York Knicks nesse blog, adianto que a tendência é falar sobre os esportes de Nova York. O Knicks, não por acaso, é o que atualmente tem trazido mais histórias ao debate. O incrível, no entanto, é a forma como essas histórias tem variado da água para vinho constantemente. O Knicks vai bem esse ano e quando menos se espera começam a ir mal. Você fala sobre a fase ruim e surge Jeremy Lin para mudar tudo, ganhar tudo e virar fenômemo. Elogios são feitos antes da volta de Carmelo Anthony para a equipe e tudo começa a ir por água abaixo novamente. Críticas e mais críticas surgem até que o técnico é demitido. O momento parece ruim e você fala mal novamente, mas eles dão a volta por cima e começam a ir bem novamente. O técnico sai e tudo melhora, isso parece até coisa do futebol brasileiro.Quantas e quantas vezes não vimos a história do time brasileiro de futebol que está muito mal no campeonato, demite o técnico e passa a só vencer as partidas seguintes. Mesmo com técnico interino. A equipe do Flamengo chegou a ser campeã nacional depois de mandar o treinador embora e manter o provisório até o final da competição. Geralmente, e ninguém tem muita dúvida sobre isso, o problema é entre jogadores e o técnico. Mas certamente Mike D'Antoni não tinha qualquer problema com Amar'e Stoudemire, Tyson Chandler ou Jeremy Lin. Certamente, mesmo que o jogador e o técnico neguem, o problema era restrito à Carmelo Anthony. E isso não era pelo simples fato de coincidentemente o time dar uma pausa na Linsanidade justamente quando o ex-jogador do Nuggets voltou ao time recuperado de sua lesão. Isso era um caso antigo.
Carmelo Anthony simplesmente não se adapta ao estilo D'Antoni e se recusa a comprar o que ele tentava ensinar. Então, como um jogador desse nível movimenta muito mais dinheiro do que um técnico que nunca foi campeão, é até natural ver o técnico ir embora ao invés do jogador. O que não é nem um pouco provável é ver o auxiliar Mike Woodson assumir e ganhar todos os jogos que vem pela frente. Improváveis cinco vitórias em cinco partidas. Tal como nossas equipes de futebol. Você deve pensar que Carmelo Anthony começou a jogar como nunca e arrebentou nas partidas, mas não. Anthony liderou apenas duas das principais estatísticas, e mesmo assim foi empatado com outro jogador. Pior ainda, em nenhuma das duas vezes ele foi o cestinha do Knicks no jogo.
Mais rebotes com sete empatado com Tyson Chandler e Landry Fields no jogo contra o Indiana Pacers e mais assistências com cinco na mesma partida, empatado com Jeremy Lin. Nas seis derrotas seguidas de Mike D'Antoni, Carmelo Anthony foi o cestinha do jogo em quatro oportunidades, marcando sempre mais de 20 pontos. Os novos cestinhas agora manteram-se acima dos 20 em três das cinco vitórias. O que será então que Woodson fez com Anthony, já que o jogador tem estado mais feliz do que nunca dando sorrisos de orelha a orelha como o gato de 'Alice no país das maravilhas'. Provavelmente deve ser a mesma receita usada com Lin, que continua jogando tão bem quanto jogava quando era sensação, mesmo que ninguém o veja mais assim. Líder de assistência da equipe em quatro jogos e cestinha em outro. Precisa mais o que?
O Knicks do novo Mike é praticamente o mesmo do Mike antigo. O lado ofensivo continua se impondo em quadra, com jogadas em pick and roll e jogadores de cabeça erguida procurando os espaços para darem arremessos mais certeiros. A defesa, no entanto, parece ter melhorado e muito, estando muito mais agressiva e fazendo de tudo para tornar o jogo mais rápido. O Knicks talvez seja agora um time e não mais apenas um jogador, o Knicks não é Carmelo Anthony, o Knicks é Anthony, Lin, Chandler e Stoudemire. É uma equipe que pode chegar nos playoffs, vencer uma ou duas séries e quem sabe voltar no ano que vem para serem campeões, ou não. Tudo vai depender dos próximos jogos, contra Toronto, Detroit e Milwaukee. Serão mais vitórias ou mais uma reviravolta na temporada às avessas? Afinal falamos bem e eles vão mal, falamos mal e eles voltam a ir bem, o técnico sai e tudo melhora. Não da para saber nada sobre o futuro no Madison Square Garden, só mesmo ver algumas semelhanças com outras vizinhanças. (Foto: Chris Trotman/Getty Images)
4 Comentários:
Oi, tudo bem?
Te convidamos a dar uma olhada na primeira edição do nosso jornal semanal. Também estamos com uma enquete sobre o que os leitores acham do blog, e sua opinião será muito importante.
Abraço.
futebolmundodabola.blgospot.com
Quando se tem problemas entre grupo e treinador, ou algum jogador com treinador, a diretoria ou afasta o treinador, ou afasta aquele jogador que naum se agrada ao tecnico...
mas quando se tem a quimica entre tecnico e todo elenco, o time sempre fica forte...
Mas que eh complicada a situação isso eh.....
Acredito que uma peça da equipe pode atrapalhar todo o grupo. Carmelo era o cestinha, mas talvez por isso o resto do time não rendia, com a mudança do comando ele pode estar jogando mais para o time, e com isso o elenco evolui junto.
Luiz Paulo Knop
www.resenhaesportiva.com
@Luiz: Foi eu escrever e eles perderam. Mas depois ganharam novamente, só que o Stoudomire saiu lesionado, e isso pode ser um problemão.
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