Histórias do Turfe IV
Emocionante e comovente, a história do cavalo Seabiscuit virou até filme, fácil até diante de fatos que invariavelmente rendem muito nas telonas de Hollywood, o animal era um puro sangue, mas muito pequeno e sem qualquer perspectiva de se dar bem nas pistas de turfe, além disso era montado por um jockey de grande estatura, o que acabava definitivamente com qualquer que fossem as pretensões.Usado como sparring para que outros grandes cavalos adquirissem a gana para vencer, Seabiscuit deu a volta por cima a partir de 1937, passou a ganhar algumas corridas e se tornou o símbolo norte-americano, representando a luta de um povo assolado pela crise de 1929, e que tentava desesperadamente se reerguer na vida, assim como o cavalo que queria ser grande como os outros.
Seabiscuit acabou não vencendo corridas de grande importância, mas em 1938 alcançou sua grande glória ao vencer um duelo entre dois cavalos apenas, sendo que seu oponente era ninguém menos que o grandioso War Admiral, vencedor um ano antes da Tríplice Coroa, que reúne as três principais corridas dos EUA, nenhuma delas vencida por Seabiscuit. A disputa do Pimlico Special, em Baltimore, simplesmente parou o país.
Milhares de pessoas lotaram o Pimlico Race Course no dia histórico, enquanto o resto da população parava por quase dois minutos para ouvir o que seria uma das primeiras transmissões de uma corrida de cavalo por rádio. A largada ocorreu de repente com Seabiscuit saindo na frente, o que poucos esperavam é que ele lá se mantivesse, com mais de um corpo de vantagem e não cabeça a cabeça como retrato no filme, mas na frente até o fim, vencendo, e mostrando que nem sempre o pior é derrotado, e quem está por baixo pode se reerguer, como os EUA acabou fazendo. (Foto: Arquivo)
2 Comentários:
Isso é o que chamo de caso surpreendente, pois a situação mostrava que tinha tudo para dar errado. Deve mesmo ter sido um belo dum símbolo para a época.
Mais uma bela história que eu não conhecia. Viva o Seabiscuit.
Postar um comentário