Histórias do Futebol XIV
Três jogos, tês vitórias e seis pontos ganhos na Copa do Mundo de 1990, essa foi a campanha do Brasil e também da anfitriã Itália na primeira fase da competição, os número indicam porque não equipes absolutas, fortes, imponentes que talvez não fossem dar chances para ninguém, mas quando as oitavas-de-final chegaram o mundo já voltava seus olhos para um time africano que dava show em campo e encantava qualquer um, Camarões do veterano Roger Milla estreou com uma vitória surpreendente sobre a Argentina de Diego Maradona, ganhou da Romênia com dois gols de sua estrela maior e mesmo sofrendo 4 a 0 da União Soviética acabou como o melhor time do Grupo B, pior para o Brasil.Ficaram para trás Costa-Rica, Escócia e Suécia, mas o futebol que o time canarinho apresentava em campo sob o comando o técnico Sebastião Lazaroni não agradava ninguém, pior era ver que mais uma vez pela frente vinha a Argentina, cambaleando e se classificando no sufoco após ter ficado em terceiro lugar no Grupo B dos adorados camaroneses, a campanha de 100% foi para o espaço quando diante dos olhos de milhões de brasileiros o que todos esperavam acabou de fato se tornando uma dura realidade, Maradona era a estrela maior mas quem decidiu para os hermanos, e não foi apenas uma vez nesta Copa, acabou sendo o bizarro cabeludo Claudio Caniggia, 1 a 0 aos 35 minutos do segundo tempo, fim da linha e o fim do sonho de ser tetracampeão.
Cambaleando e se arrastando é pouco para definir a campanha argentina na Copa de 1990, nas quartas-de-final quem brilha é o goleiro, classificação nos pênaltis diante da Iugoslávia, já contra os donos da casa nas semifinais mais uma vez penalidades máximas, conseguida com mais um milagroso gol do cabeludo bizarro, que só não era mais bizarro que o goleiro colombiano René Higuita, que às vezes esquece que é goleiro e sai jogando com a bola nos pés, melhor para Camarões, melhor para Roger Milla que marca mais dois gols, leva seu time para as oitavas-de-final, onde seu conto de fadas acaba diante da Inglaterra, que em 1990 finalmente fez uma campanha tão boa como a de 1966, só clássicos decidindo vaga na finalíssima.
O problema da Inglaterra no entanto é que o muro de Berlim caiu, a Alemanha ainda é chamada de Alemanha Ocidental mas está prestes a ser unificada, enquanto todos achavam que Brasil ou Itália manteriam o ritmo, que Camarões seria mais do que uma sensação ou ainda que Maradona pudesse decidir mais uma vez, eis que surge a Alemanha e seus brilhantes jogadores, Jürgen Klinsmann, Lothar Matthäus, a final talvez fosse mais interessante se fosse contra a Itália de Roberto Baggio e Franco Baresi, mas no estádio Olímpico de Roma os rivais do dia 8 de julho eram os argentinos, e pela terceira vez seguida em uma final os alemães não poderiam se dar ao luxo de serem derrotados mais uma vez, fazem 1 a 0 com Andreas Brehme de pênalti aos 40 minutos do segundo tempo, é o suficiente e eles erguem a taça pela terceira vez em sua história. (Foto: Arquivo 1990)
3 Comentários:
Dizem que essa Copa foi a mais fraca tecnicamente da história... o que ficou marcado na eliminação do Brasil foi a água batizada que Maradona deu pro Branco beber.
Sem tirar o mérito dos hermanos e de todos seus talentos, é incrível que em toda boa campanha deles existe um fato estranho. Copas de 78, 86 e 90 não me deixam mentir!!
A Copa de 90 me marcou pois foi a primeira da qual eu tenho alguma recordação.
Copa de uma Alemanha bem organizada taticamente e que venceu mas não encantou.
Não tenho lembranças dessa Copa não. Claro que procurei me informar depois que cresci.
A Alemanha tinha um ótimo time. O Brasil era horroroso. E a Argentina tinha Maradona que pediu calma, antes do passe, para o deseperado Caniggia que estava sozinho e louco pra receber a bola e marcar o gol da vitória sobre o Brasil. Gostei dessa retrospectiva. Abraço
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