FIA libera mas não libera muito

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ABU DHABI, UNITED ARAB EMIRATES - NOVEMBER 14: Fernando Alonso of Spain and Ferrari is seen on the grid as he prepares to drive during the Abu Dhabi Formula One Grand Prix at the Yas Marina Circuit on November 14, 2010 in Abu Dhabi, United Arab Emirates. (Photo by Mark Thompson/Getty Images)
"As equipes serão lembradas que quaisquer ações sujeitas a levar o esporte ao descrédito serão tratadas de acordo com o artigo 151 do Código de Conduta Internacional e outras cláusulas relevantes" - Com essa declaração a FIA colocou sua decisão de liberar o jogo de equipes em descrédito, está liberado ou não está liberado para as equipes decidirem trocar ou não a posição de seus pilotos? A Ferrari já esfregava as mãos, já ficava toda animadinha com a chance que teve, mas vai ter que se segurar um pouco no começo da temporada, pois seu ex-comandante Jean Todt é meio contraditório, ele libera a tão polêmica regra e depois avisa que estará de olho nas equipes. Desta forma o que podemos concluir é que tudo não passa de uma conversa fiada, e principalmente que tudo vai continuar sendo como sempre foi.

"Fernando é mais rápido que você, entendeu a mensagem?" - Essa frase indignou milhões de torcedores em todo o mundo durante a temporada de 2010. A Ferrari fez o jogo de equipes deliberadamente trocando as posições de Fernando Alonso e Felipe Massa no GP da Alemanha e causou um revolta mundial. O jogo de equipes feito desta maneira era proibido por regulamento na Fórmula 1 e a FIA acabou apenas dando uma multa para o time italiano. O espanhol com a manobra quase foi campeão mundial, e um título conseguido de tal maneira seria um título manchado na opinião de muitos. Todas as equipes tem dois carros na pista, são como o próprio nome diz uma equipe, porém o grande problema é que imaginar que um piloto irá precisar de determinado número de pontos ainda na décima primeira corrida do ano é exagero, e sabendo que os torcedores não perdoaram isso a FIA libera o jogo com a ressalva declarada.

Ter um piloto principal e um escudeiro é algo que deveria ser natural em uma equipe de Fórmula 1. Isso, no entanto, é uma realidade impossível de acontecer para uma equipe que tem Fernando Alonso, Felipe Massa, Lewis Hamilton Jason Button e até Mark Webber e Sebastian Vettel, como ficou provado pela intensa briga interna na equipe Red Bull. No final do ano Alonso ainda brigava pelo título enquanto Massa não tinha a menor chance de ser campeão, o problema é saber se caso o brasileiro fosse campeão do GP da Alemanha, uma vitória que viria depois do drama de ficar tanto tempo fora devido ao acidente da mola, não renovaria seu ânimo, não o faria ir melhor nas corridas seguintes e quem saber prolongar um pouco mais as chances de brigar pelo título na temporada. A liberação da FIA é parcial, ela vai aceitar esse tipo de situação, mas não vai querer nada deliberado que faz o torcedor questionar.
ABU DHABI, UNITED ARAB EMIRATES - NOVEMBER 14: Mark Webber of Australia and Red Bull Racing (R) and his team mate Sebastian Vettel of Germany are pictured ahead the Abu Dhabi Formula One Grand Prix at the Yas Marina Circuit on November 14, 2010 in Abu Dhabi, United Arab Emirates. (Photo by Vladimir Rys/Getty Images)
Vencer uma prova na Fórmula 1 é algo extremamente importante na carreira de um piloto. Não se trata de apenas mais uma vitória, é algo que fica marcado. A liberação do jogo de equipes foi feita mas não veremos um piloto cedendo a vitória para seu companheiro de equipe em 2011, principalmente até pouco mais da metade do campeonato. O que vamos ver talvez é um jogo de equipes velado apesar dele estar liberado, tudo porque a FIA toma uma decisão com restrições, ela quer agradar as equipes e ao mesmo tempo não quer desagradar o torcedor fanático. No fundo tudo continua como sempre foi, feito por baixo dos panos e com segredos que talvez nem o Wikileaks poderia revelar, restando apenas a certeza de que ainda existe os honestos, ainda existe a Red Bull e a McLaren que não fazem o jogo de equipes, nem quando seja absolutamente necessário, isso que é defender o esporte até as últimas consequências. (Fotos: Mark Thompson/Getty Images e Vladimir Rys/Getty Images via PicApp)

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