Os irmãos Klitschko e nenhum rival à altura

21:49 Net Esportes 0 Comments

Um polonês. Da nova safra de lutadores poloneses que vem dando trabalho mundo afora. Aos 32 anos de idade ele demonstrava experiência, e acima de tudo uma enorme resistência. Mais do que isso, Mariusz Wach tinha uma cartel que o credenciava muito mais que sua cara feia e tatuagens para todos os lados. Em oito anos ele acumulou 27 vitórias em 27 lutas, sendo 15 nocautes. Um peso pesado desse nipe só poderia ter naturalmente o direto de enfrentar os irmãos Klitschko. Quem sabe derrubar um deles. Quem sabe superar Wladimir Klitschko e ficar com todos os seus quatro cinturões. Será que foi possível? Não mesmo. Ninguém pode superar os irmãos Klitschko hoje em dia. E será que um dia isso poderá realmente ser possível?

Mais difícil do que acreditar como seja possível um domínio tão grande no mundo do boxe peso pesado, é acreditar que sim, os irmãos Klitschko já foram superados em suas carreiras, e não foi só uma vez não. Wladimir já caiu três vezes, enquanto Vitali Klitschko sofreu duas derrotas. Mas a última vez que Wladimir Klitschko sentiu o gosto do chão foi em 2004. E a última vez que Vitali perdeu foi em 2003, diante de Lennox Lewis, em uma decisão polêmica sem direito à revanche porque o britânico se aposentou na época. Depois disso vieram Samuel Peter, Dereck Chisora, Sultan Ibragimov, Ruslan Chagaev e até David Haye. Mas poderia ter vindo também Nikolai Valuev ou Evander Holyfield. Ninguém iria conseguir superá-los.

Alguns dizem que eles não tem um rival à altura. Mas eles enfrentam grandes desafiantes que os fazem ficar lutando por longos 12 rounds, como foi o caso do polonês Mariusz Wach diante de Wladimir Klitschko. O problema talvez seja a falta de um interesse maior do público como era na época de Mike Tyson, George Foreman e Muhammad Ali. E é exatamente por isso que não se luta mais no Madison Square Garden como foi o duelo de Wladimir contra Ibragimov em 2008. Ou no Staples Center como foi o grande encontro de Vitali Klitschko com o americano Chris Arreola em 2009. Agora é só na Alemanha, Suiça, Polônia ou Rússia. E isso é um problema da falta de interesse do público ou da falta de rivais que cativem o público e chamam a atenção? Rivais americanos que talvez provoquem um pouco e apomentem as coisas.

Mariusz Wach não fez piadinhas dos irmãos como certos adversários. Não deu tapa na cara como alguns outros. Mostrou um respeito digno de um grande lutador, mas acabou massacrado em cima do ringue. A sequência de golpes no oitavo round foi para literalmente acabar com todas as suas esperanças. E isso levou Sylvester Stallone que estava O2 World Arena, em Hamburgo, assistindo o duelo e apoiando Wladimir Klitschko, ao delírio, principalmente porque antes já havia promovido o novo musical de Rocky Balboa. A presença do astro dos cinemas ao lado de Wladimir só serviu para mostrar o quanto ele é baixinho, porque nem ele e nem ninguém duvidava que o irmão mais novo da família Klitschko iria vencer mais uma. Porque não existe atualmente rivais à altura dos irmãos Klitschko. Ninguém sabe como eles foram derrotados no passado. Tudo que gostaríamos de ver era um lutando com o outro, e isso nunca vai acontecer, assim como talvez eles jamais voltem a perder um dia.

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