Em busca da glória maior de Rocky Marciano
Julio César Chávez foi absolutamente incrível. Do México para todas as esquinas do planeta, ele vencia suas lutas como uma verdadeira besta. Em toda a sua interminável carreira foram 115 combates, com 107 vitórias e 86 nocautes. Nem em um mundo com imbatíveis irmãos ucranianos será possível ver algo semelhante acontecendo novamente. O dono do sobrenome mais famoso das terra de Chesperito pode ser considerado ainda mais incrível quando lembramos que além dos números finais de sua cerreira está o recorde monstruoso de 87 vitórias consecutivas em suas 87 primeiras lutas. Tão incrível quanto crer que Ayrton Senna havia mesmo morrido naquele 1º de maio de 1994, seis dias antes de Chávez se vingar de sua primeira derrota, que não foi a única e que de certa forma não o faz ser o maior de todos os boxeadores da história.
E nem se trata de Muhammad Ali, ou quem sabe Mike Tyson em seus terríveis tempos de ódio no coração. No dia 14 de abril de 2007, no auge de sua forma física, o russo Nikolai Valuev caiu diante de Ruslan Chagaev. Terminou ali uma sequência grandiosa de 46 vitórias e nenhuma derrota. Não é fácil chegar a 46 vitórias sem nenhuma derrota. Não faz nem um mês que Timothy Bradley interrompeu sua sequência invicta de 31 vitórias, quando perdeu para Manny Pacquiao. Nem os irmãos Klitschko fizeram tanto, Wladimir venceu 24 antes de perder enquanto Vitali chegou a 27-0. Imagina só chegar então a 87 vitórias sem nenhuma derrota? Ou imagina só lutar toda uma carreira e encerrá-la sem ao menos registrar uma derrota sequer em seu cartel?
Não foi Ali, não foi Tyson e tão pouco o dono da orelha mordida Evander Holyfield, que até 2011 ainda lutava. Não foi Lennox Lewis ou George Foreman, Pernell Whitaker ou Oscar De La Hoya. O seu nome é conhecido pela homenagem de Sylvester Stallone e ele lutava nos pesos pesados. Ele foi o maior de todos os pugilistas da história e ele se chama Rocky Marciano. Ele não chegou aos incríveis 87 triunfos consecutivos de Julio César Chávez, mas ele encerrou sua carreira sem jamais ser derrotado por qualquer oponente em cima do ringue. Foram 49 lutas e 49 vitórias, com 43 nocautes. Principalmente por ser dos pesos pesados e por não ser acompanhada de revés, a marca pode ser vista como mais gransiosa do que a de Chávez, e quem sabe pode estar perto de ser igualada ou superada por alguém da mesma categoria do mexicano.
Nem em um sonho dos mais fantasiosos e irreais a marca das 87 vitórias podem ser alcançadas, mas 49 sem jamais perder é uma realidade que se aproxima a cada ano para o filho do irmão de Roger Mayweather, a 63ª das vítimas de Chávez. Floyd Mayweather, Jr. já está com os seus 37 anos nas costas, uma idade que sua aparência física não demonstra, mas que de alguma forma pode ser prejudicial para seus objetivos como lutador de boxe. Ele se recusa a enfrentar Manny Pacquiao, reclama das luvas de Marcos Maidana, mas sempre deixa o ringue com mais uma resultado positivo, mesmo que seu oponente argentino tenha feito o que foi preciso. Ele chega a 46 vitórias sem nenhuma derrota, como fizera Valuev, mas espera não encontrar agora nenhum Chagaev. O objetivo é 49, quem sabe 50. Vencer e nunca perder, até hoje um feito que só um lutador conseguiu em toda a história do boxe.
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