Um Dunga melhor que o próprio Dunga
Não gosto muito da Seleção Brasileira de futebol. Pelo menos não gosto do jeito como fomos acostumados (ou seria obrigados?) a gostar quando éramos crianças. Do tempo em que o Dunga era jogador e não técnico. Me lembro bem quando as coisas começaram a mudar. Foi em 1998, mas não foi porque perdeu a final da Copa do Mundo na França, foi por causa do cidadão que viria mais tarde naquele ano assumir o comando técnico do Brasil. Foi triste. Hoje não é mais triste, mas é impossível comemorar gol de Luiz Gustavo! Não tem mais aquele carisma natural, mas eu também não sou mais igual as crianças que hoje em dia, seja de forma forçada ou não, idolatram o atacante matador do cabelo que é um horror.
Assim sendo, a vontade de torcer contra se torna inevitável, e muitas vezes chega a ser engraçado. Voltamos então a 1998 no estádio da tragédia daqueles anos com brilho de ribalta. Cobrança de escanteio e a cena quase se repetiu. Quem salvou foi o goleiro figurante de um time carioca rebaixado. Mas a verdade é que só uma parte da história não se repetiu, pois não demorou muito para que após outro escanteio, viesse a cabeçada de Zidane, ou melhor, Varane, para estufar a rede e fazer a alegria dos franceses. Risadas para todos os lados e aquele repórter careca, que alguns poderiam talvez dizer que fosse parente do famoso traficante colombiano, já pensa até em voltar à cobrir a Seleção.
Vai sonhando Escobar. Ainda tem muita bola para rolar e muitos gols para marcar. Estatueta de Hollywood, o menino do cabelo e o jogador que não nos desperta a mínima vontade de comemorar um gol. Antes, jamais em toda a história do futebol que tem lá seus mais de cem anos de existência, alguém havia visto o Brasil derrotar a França no estádio francês palco da final da Copa de 1998. E ainda mais a França, que em Copas do Mundo tem sido um dos maiores carrascos da Seleção Brasileira. Um Brasil que não desperta aquela vontade de torcer como fora na época de criança ou adolescente, mas um Brasil que tem um técnico que é sinônimo de vitória e que está conseguindo ser melhor do que ele mesmo já foi quando despertava a ira no repórter careca.
Nos sete primeiros jogos da outra vez, Dunga empatou o primeiro e perdeu o sétimo. Nas cinco vitórias só tinha a Argentina como grande adversário, de resto todos com altura de Valbuena. Felipão, aquele da Copa e dos 7 a 1, em sua última passagem conseguiu apenas duas vitórias em seus sete primeiros jogos. Aquele tal de Mano ganhou quatro, perdeu duas e empatou outra. Depois, mais tarde, quando perdeu da Alemanha desistiu de enfrentar os grandes e foi enrolando para ver se chegava na Copa. Agora Dunga voltou e venceu seus sete primeiros jogos, sofrendo apenas dois gols. Talvez nem queira dizer nada, afinal essa Seleção nem tem muita graça, mas é uma verdade que encaixa.
3 Comentários:
Quando o assunto é seleção nosso ceticismo é grande.
É preciso reconhecer que o trabalho começou bem, mas uma coisa é amistoso e outra bem diferente é a competição.
Vamos ver no que vai dar..
Eu sempre achei que foi injusto mandar o Dunga embora após a derrota para a Holanda naquela copa.
O trampo estava bem feito e ele tinha pulso e o time na mão.
Agora estou curtindo o novo mandato, mas como ligo pouco pro futebol... Já viu né?
excelente técnico.perfil de vencedor.nossa seleção será difícil de ser abatida, enquanto estiver sob comando do Dunga.
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