Superclássico argentino vai parar Buenos Aires

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A cidade de Buenos Aires respira o superclássico argentino às vésperas do primeiro confronto que valerá uma vaga nas quartas de final da Copa Libertadores da América. Boca Juniors e River Plate protagonizam uma das maiores rivalidades do mundo e farão de tudo para passar de fase no maior torneio da América do Sul nas duas próximas quintas-feiras (7 e 14 de maio). O duelo tem todos os ingredientes para ficar na história do futebol argentino e na memória dos fanáticos pelo esporte por muito tempo.

Em 2012, o jornalista Gustavo Cerezetti passou três meses na capital argentina com o intuito de estudar espanhol e conhecer os pontos turísticos da cidade listados nesse link. No entanto, um dos momentos que marcaram sua viagem para Buenos Aires foi o amistoso entre os dois times mais queridos do país. “Como a partida foi na cidade de Resistencia, os portenhos se concentraram nos bares, e eu fui junto. O mais impressionante é que o jogo teoricamente não valia nada e mesmo assim a cidade estava parada. Os caras são muito apaixonados”, relembrou Gustavo.

Na ocasião, a partida que marcava o primeiro superclássico do astro David Trezeguet pelos milionários (apelido do River Plate) acabou 2 a 0 para o Boca. Festa de “los xeneizes”, que ainda tiravam sarro do rival por este disputar a segunda divisão argentina na época.

Se o amistoso de 2012 marcou a vida de Gustavo, a partida que não sai da cabeça de Juan Carlos Herman, 77 anos de paixão pelo Boca, ocorreu em 1962. Naquele ano, o confronto decidiria o campeão nacional. A Bombonera foi abaixo quando Valentim abriu o placar para o Boca, aos 14 do primeiro tempo. A festa do time da casa deu lugar à apreensão quando, aos 35 da segunda etapa, o juiz marcou pênalti a favor do River Plate, que seria campeão no caso de empate. Delem bateu e Antonio Roma defendeu a penalidade, garantindo o título para o Boca.

Para Juan Carlos, e muitos argentinos, o superclássico é muito mais do que um jogo. “Se trata da expressão máxima entre as duas equipes de futebol mais importantes da América Latina. Não há evento no futebol maior que um Boca x River. É um momento tão especial que traz até pessoas do Japão para vivenciar esse clima”, destacou Juanca.

Boca x River em números

Até o momento, as equipes disputaram 236 partidas oficiais entre si, com 84 vitórias do Boca, 77 triunfos do River e 75 empates, sendo a vitória mais recente do Boca, no último domingo, pelo Campeonato Argentino, por 2 a 0. Pela Libertadores da América, os xeneizes também têm vantagem: são 10 vitórias contra 6 triunfos do alvirrubro e mais 6 empates.

Pelo desempenho na atual edição da Libertadores, o Boca tem tudo para ampliar a vantagem, já que é dono da melhor campanha na primeira fase de toda a história da competição, com 100% de aproveitamento e saldo de 17 gols (19 feitos e apenas 2 sofridos), enquanto o River fez a pior campanha e só se classificou com uma única vitória em 6 jogos, e uma combinação de resultados favorável na última rodada. No entanto, como se trata da maior rivalidade do futebol argentino, os números não entram em campo e não dá para afirmar que haja um favorito.

O jogo que marca o início do duelo pela classificação às quartas de final, nesta quinta, será realizado no Monumental de Núñez, com transmissão do SporTV, às 21 horas, horário de Brasília. A volta decisiva acontecerá dia 14 na Bombonera, casa do Boca, no mesmo horário.

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