Mesmo lento ele ainda é o mais rápido
E o raio caiu no mesmo lugar. De volta aos estádio Ninho de Pássaro, para ver o homem mais rápido do planeta voar novamente. Nem parece, mas foram sete anos de espera para vê-lo de novo na pista que o consagrou pela primeira vez na sua carreira. O jamaicano Usain Bolt surgiu para o mundo de forma meteórica naquele ano de 2008 e, desde então, passou a dominar praticamente todas as disputas dos 100 metros rasos. E talvez não por vontade própria, ele ainda se tornou um especialista em dramatizar a prova mais alucinante e espetacular do atletismo. No Mundial de 2015 não poderia ter sido diferente.
"Não tem para ninguém, Bolt é imbatível". Ou ainda o velho clichê: "Ele é seu maior inimigo". Talvez seja por aí mesmo, afinal ele queimou a largada no Mundial de 2011 e terminou aquela disputa como em 2007, ou seja, sem o ouro nos 100 metros rasos. Se até hoje só tivesse vencido 200 metros e revezamento, ele não seria considerado o fenômeno que é. Não teria entrado para a história como entrou. Por isso todas as atenções estão em cima dele mais uma vez nos 100 metros do Mundial de Pequim, não importa se ele vai vencer os 200 e o revezamento, o que importa é que 2014 foi um ano péssimo e talvez ele seja derrotado esse ano.
Nas Olimpíadas de 2012 foi a mesma coisa. Parece que o povo gosta é de ver desgraça. O povo não, mas uma minoria da mídia que talvez goste é de fazer drama. Uma classificação ruim, uma semifinal sofrida. Desta vez Justin Gatlin está melhor e vai vencer. Sempre tem que ter um drama e uma dúvida. Mas a verdade é que, para quem já fez 9s58, 9s63 e 9s69, correr apenas 9s79 significa estar muito lento. Mas com Bolt não tem conversa, mesmo estando muito lento ele ainda consegue ser o homem mais rápido do planeta.
Dizem que sua largada é ruim. Imagina o que é uma largada boa! ou melhor, excelente. E então ele se recupera e derrota seu rival com histórico sujo de doping por apenas um centésimo. A disputa final do Mundial de Atletismo de Pequim, apesar da lentidão, foi tão interessante que dois atletas dividiram o bronze e outros três sem medalha fizeram o mesmo tempo. Incluindo aí Asafa Powel e Tyson Gay. Com drama, dúvidas e até morosidade, ele vence novamente. Talvez a história de um Bolt sempre vencedor nos grande eventos até tenha data para acabar, talvez quando ninguém desacreditar em seu potencial. Mas a verdade é que estando mal ou péssimo, a chance dele vencer as Olimpíadas do RJ em 2016 não podem ser menores do que 100%.
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