Revolução no esporte

16:02 Net Esportes 6 Comments

Fidel Castro renunciou o poder em Cuba, cargo que ocupava desde a Revolução de 1959, quando iniciou uma série de mudanças no país, incluindo a área dos esportes já que é muito fã de beisebol e boxe, causando uma mudança significativa de lá pra cá, uma verdadeira revolução que colocou o país entre as grandes potências esportivas do Mundo, será que com sua saída o trabalho continuará igual?

Antes de Fidel os cubanos somavam apenas 13 medalhas olímpicas - 12 delas na esgrima, graças ao fenômeno Ramón Fonst, primeiro latino-americano campeão olímpico. Depois disso, em 45 anos foram 158 medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos, graças ao bom desempenho em esportes como boxe, judô e atletismo. Um dos grandes fatores que contribuiram para tanto foi a educação acessível a todos, antes de 1959 a maioria era analfabeta, levando nessa esteira o esporte, com a educação física considerada matéria obrigatória.

Os primeiros resultados vieram no Pan-Americano de Cáli, 1971, onde conquistaram 105 medalhas, 31 delas de ouro - já em Winnipeg-67, foram 47 pódios, desempenho que consolidou Cuba como maior potência esportiva da América Latina. Em Moscou 1980, Cuba apareceu para o Mundo, com o boicote dos EUA, ganharam 20 medalhas (10 no boxe) que valeram o 4º lugar. Após Barcelona 1992 a escassez financeira prejudicou o desempenho cubano que pouco fez em Sydney e Atenas.

No Pan-Americano do Rio de Janeiro, no ano passado, Cuba ficou em segundo lugar com um número de medalhas menor que o Brasil, 135 contra 161. O grande momento esportivo da história cubana talvez tenha sido quando sediou o Pan de 1991 em Havana, ficando em primeiro lugar à frente dos EUA com 265 medalhas sendo 140 de ouro. Na final feminina do basquete, Fidel Castro fez questão de homenagear Paula e Hortência, após a seleção brasileira vencer a equipe local (97 a 76).

Mesmo sem viver seu auge, Cuba segue bem o seu trabalho esportivo com um professor de educação física para cada 348 habitantes, entre 1995 e 2005 mais de 11 mil profissionais do esporte deixaram legalmente o país para trabalhar em 97 países diferentes como treinadores. Nas Olimpíadas de Sydney-2000, 36 técnicos cubanos trabalhavam em outros países. Muitos apostam que a situação após a saída de Fidel deve permanecer igual, ou seja, não vai melhorar e nem vai piorar. (Foto: Arquivo/1991)

6 Comentários:

Ricardo Cazarino disse...

Realmente Cuba sempre foi ediciênte no esporte...boxe, vôlei, atletismo...A renúncia, quem sabe pode trazer melhoras, uma vez que se ocorrer um abertura econômica e democracia,e continuar os investimentos no esporte, muitos atletas não vão querer abandonar o país, como alguns fizeram no Pan...
Até

Ricardo Cazarino disse...

ops...*eficiente rs

Anônimo disse...

Graças a Deus que esse ditador resolveu sair fora, já não era sem tempo e viva o Capitalismo!!!

www.arenageek.wordpress.com

Everaldo Ygor disse...

Olá...
Vamos ver o que o Irmão de Fidel vai fazer... Abertura ou permanecer como está...
Vale lembrar também o Beisebol Cubano, de ótima qualidade...
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

Vinicius Grissi disse...

Acho que as coisas vão continuar iguais. Fidel renunciou fisicamente, mas não intelectualmente.

Felipe Maciel disse...

Essas imagens com a seleção feminina foi mesmo eternizada...