Depois da queda, a glória
O domingo amanheceu com uma pequena chuva em Roma, no ano centenário do Giro d´Itália as ruas estavam lotadas pela torcida que prestigiava a última etapa daquela que é uma das três maiores competições de ciclismo do mundo, a chegada foi fixada em frente ao Coliseu, e o chão estava um pouco molhado, assim o que não havia acontecido com nenhum dos 169 ciclistas que chegaram ao último dia, aconteceu justamente com o grande líder, o famoso maglia rosa.A queda foi tão forte que o russo Denis Menchov demorou alguns segundos para conseguir levantar, quando chegou em sua bicleta a sua equipe já tinha outra prontinha do lado para ele seguir, era o último quilômetro dos 14,4 em contra relógio que compunham a 21ª e derradeira etapa, pela TV o italiano Danilo Di Luca, segundo colado que começou o dia com 20 segundos de desvantagem, apenas acompanhava sem saber muito o que pensar.
Menchov se recuperou rápido, faltava pouco e sua equipe agiu com precisão, o susto foi enorme mas nem precisa tanto, ele já tinha grande vantagem sobre seu principal adversário, a quem marcou com muito êxito desde que assumiu a liderança, e conseguiu ainda terminar 21 segundos à sua frente, aumento para 41 a diferença na classificação geral, podendo comemorar com uma vibração contagiante seu primeiro título na Itália, sendo que já venceu na Espanha duas vezes.
Para Di Luca, que teve um intenso e bonito apoio da torcida, valeu o esforço por ter sido um grande adversário de Menchov, e o que fica é a certeza de que tem condições de brigar por mais um título em seu país, já que foi o campeão do Giro em 2007, Franco Pelizotti completou o pódio e o norte-americano Lance Armstrong finalizou em 12º lugar, mostrando certo desgaste mas conseguindo chegar até o final dos 3.456 Km de percurso que a prova teve em três semanas, provando que é muito difícil descartá-lo ao favoritismo no Tour de France. (Foto: Damien Meyer/AFP)
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