O tempo fechou na F-1
As equipes se inscreveram para o campeonato de 2010 no último dia, no limite do prazo, a FOTA fez umas exigências daqui e a FIA fazia outras exigências dali, parecia que todo o confronto havia terminado, os brigões tinham conseguido chegar à um acordo depois de tanta palhaçada, mas logo se viu que a coisa não era bem assim, a FOTA ainda era contra o polêmico teto orçamentário, a FIA ainda o mantinha em vigor, e agora depois que a poeira já havia baixado, o tempo fechou de vez na Fórmula 1.São oito os revoltados, BMW, Brawn, Ferrari, McLaren, Red Bull, Renault, Toro Rosso e Toyota, que já anunciaram vão criar uma outra categoria, vão deixar a Fórmula 1 para correrem sob suas próprias regras, suas próprias imposições, ou seja, sem que ninguém fique mandando neles, exigindo e fazendo imposições, são poderosos e cheios de dinheiro, não aceitam ordens e não respeitam nada, assim quem perde é o público, que certamente ficará divido com a divisão.
A questão em si talvez não seja nem discutir quem está certo ou errado, Max Mosley tem seus defeitos, deveria ter saído do comando da FIA no ano passado após o problema do escândalo sexual que veio à público, não aconteceu, ele transformou a categoria máxima do automobilismo em um joguinho particular, muda as regras a cada ano, faz regulamentos de dupla interpretação, inventa o teto orçamentário com argumentos convincentes, mas quem se importa, a Fórmula 1 sempre foi uma corrida financeira e todos sempre gostaram dela assim.
Bernie Ecclestone, o mais sensato entre todos, pede um acordo urgente pela paz, mas parece que as coisas já estão decididas, ninguém quer ceder, ninguém quer perder dinheiro nem poder, ninguém quer ficar por baixo e sair derrotado no final da história, assim o derrotado é o esporte, que verá as principais equipes correndo em uma nova categoria provavelmente com um nome bizarro, e verá a boa e velha Fórmula 1 totalmente diferente do que está acostumado, com a tradicional Williams disputando corridas contra a Campos, USF1, Manor e qualquer outra equipe que tiver no mínimo condição de colocar um carro na pista, triste e lamentável. (Foto: Andrew Winning/Reuters)
3 Comentários:
Cara, te mandei um e-mail no netesportes@hotmail.com convidando para a "blogagem coletiva" do Dia Universal Olímpico. Não recebeu, não? Se não tiver recebido e quiser colaborar também, só me mandar um e-mail que eu encaminho o convite: breiller@rolablog.com.br
E essa crise aí da F-1 ainda vai render. Quero ver como vão ficar os contratos de patrocínio e direitos de transmissão da categoria... São muitas forças envolvidas. Acredito que as equipes e a própria FIA tenham de voltar atrás.
Abraço!
Não havia foto melhor para ilustar esse texto.
Ninguém é santo nessa história toda. Max Mosley nunca foi bom caráter, desde a época em que comandava equipes na F-1. Seu comando ditatorial é irritante, algumas atitudes são questionáveis e sua ideia de implantar um teto orçamentário (algo que deveria ter sido feito há muito mais tempo) não é das melhores, porque no momento é um pouco suicida fazer com que as equipes reduzam bruscamente a quantia que injetam em suas escuderias (acho que nem dá para uma Ferrari ou Mclaren reduzir seu orçamento em um ano do jeito que Mosley quer).
Por outro lado, se quiserem levar isso a sério, não é fácil criar uma categoria paralela. Além dos contratos que ainda possuem com a F-1, terão que organizar tudo nessa nova categoria, arranjar novas pistas, estabelecer um regulamento, e muito mais. E aí o ego de Briatores da vida pode falar mais alto e estragar tudo.
Espero que tudo se resolva, até porque nós, fãs, também saímos prejudicados. A esperança é Ecclestone, já que seus interesses também estão em jogo e não vai querer perder essa luta tão facilmente. Ateh!
Muita confusão e muita água ainda vai passar embaixo dessa ponte.
As equipes sabem da importância da FIA e do nome F1. E a FIA sabe que não existe F1 sem as grandes escuderias.
Vai haver negociação, pode ter certeza.
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