Cinco anos de espera
O Brasil nunca havia tido antes, não tem mais hoje e o pior, talvez nunca volte a ter um tenista de tanta grandeza como foi o inesquecível Gustavo Kuerten, dono de três títulos de Grand Slam, de um Masters e da liderança do ranking, que foram seus grandes feitos, grandes glórias do jogador que infelizmente teve que se aposentar antes da hora devido à lesão no quadril. Mesmo assim Guga teve a sua influência e de grão em grão o país vai tentando colher os frutos disso, mesmo que seja só de cinco em cinco anos.Na época de ouro que o tênis brasileiro viveu bastava Kuerten, Fernando Meligeni e o valente Jaime Oncins, depois dessa geração os novo nomes pouco puderam fazer, mesmo assim valeu o esforço de Flávio Saretta, Andre Sá e até mesmo Ricardo Mello, que no ano de 2004 se tornou o último jogador brasileiro a conseguir um título da ATP, onde conquistou de forma surpreendente e inesperada o título de Delray Beach, em quadra rápida, o jejum em seguida porém acabou sendo longo, mas felizmente acabou.
Uma longa e lamentável espera, depois do fenômeno Gustavo Kuerten o normal seria ver muitos novos nomes surgindo a cada ano, mas infelizmente o que se viu foram muitos novos nomes argentinos surgindo desenfreadamente, o Brasil não figura mais no top 50 do ranking, Marcos Daniel até está bem em 58º e Tiago Alves é o 94º, mas os títulos valem mais, e finalmente alguém levantou uma taça, Thomaz Bellucci, um tenista que já estava até desacreditado por muitos, deu a volta por cima, e conseguiu ser campeão no ATP 250 de Gstaad.
O pior de certa forma já passou, ninguém quer ficar mais cinco anos sem ganhar nada, Bellucci tem apenas 22 anos, já disputou os quatro Grand Slam apesar de não passar nem da segunda rodada, mas quem sabe tenha encontrado seu caminho, em Gstaad derrotou nomes como Igor Andreev, número 27, Stanislas Wawrink, ex-top 10, e deu sorte ao ver Nicolas Kiefer desistir por lesão quando o enfrentava. O tênis brasileiro tenta voltar, afinal Marcos Daniel quase garantiu uma final brasileira, e quem sabe talvez esta não seja uma bela cena de um próximo capítulo. (Foto: )
3 Comentários:
Tomara que esse seja o início de uma recuperação do tênis brasileiro. Não acompanho esse esporte (estou longe disso), mas pelo que vejo de longe, não conseguimos manter o ritmo depois de termos Meligini e Kuerten; parece que não aproveitamos a chance de termos dois tenistas de destaque para alavancarmos a modalidade no Brasil. Espero mesmo que Bellucci, embora tenha demorado para brilhar, comece a virar esse jogo.
Ateh!
Enfim, Bellucci. Ele impressionou quando enfrentou Rafael Nadal com muita competência, no ano passado. Mas depois sumiu. Fez todos acreditarem que a promessa havia sucumbido. Mas, agora, ele teve a oportunidade em Gstaad e, de uma vez por todas, provou que podemos crer no seu tênis. Como bem disse, o título é mais importante, emblemático. Que seja, pois, o estopim para um futuro em que reviveremos algumas das alegrias que um tal de Guga nos concedeu.
Até mais!
É bom ver o Brasil voltando a vencer no tênis. Belucci ainda é novo e tem potencial para brigar com os melhores tenistas do planeta. Mas não para ser um "novo Guga".
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