Comemoração com selinho
A fervorosa e barulhenta torcida canadense lotou o Vancouver Olympic Centre na noite de ontem, o motivo era óbvio, a seleção feminina de Curling fazia a grande final do torneio olímpico, mais uma chance de medalha de ouro para o país anfitrião dos Jogos, mais uma chance de glória para o país que antes desta edição das Olimpíadas de Inverno jamais havia ganho um medalha de ouro competindo em casa, as esperanças estavam todas nas mãos da capitã Cheryl Bernard, que com 43 anos de idade finalmente viu uma grande chance de levar uma medalha de ouro, e mais do que nunca ela estava nas suas mãos, mas acabou escapando.O Canadá não começou bem a partida, marcava apenas um ponto quando tinha o martelo e via a rival Suécia fazer dois quando a chance de lançar a última pedra era dela, mas na sétima entrada o pior aconteceu para as loiras comandadas por Niklas Edin, que tinha tudo para marcar um ponto e ampliar a vantagem, mas lançou mal e viu o adversário passar à frente no placar, pior do que isso foi o erro cometido novamente na nona rodada, mais um ponto para o Canadá, martelo e vantagem de dois pontos no placar, tudo nas mãos da veterana jogadora e suas companheiras que estavam impecáveis, mas que na hora H acabaram sentindo a pressão.
O lançamento era simples mas Cheryl Bernard vem deslizando e pedindo desculpas, além de não evitar o ponto sueco ela ainda cede dois pontos para o time adversário que empata a partida, a frustração da torcida é enorme e seu abalo emocional evidente, o Canadá ainda tem o martelo mas Cheryl não tem mais a confiança, a Suécia gasta o tempo, pensa muito e chama até ajuda do técnico, arma uma estratégia brilhante e vê o Canadá sem ousadia, coloca duas pedras próxima ao círculo central do alvo, para o Canadá bastava tirar um das mais próximas e substituir pela que foi lançada, mas nem perto disso elas consegue chegar, e a festa 'quente' é toda sueca.Com a vitória de 7 a 6 assegurada, Anette Norberg corre em direção a Eva Lund e o que parecia ser um simples abraço se tranforma em um caloroso beijo, um selinho bem demorado, as quatro jogadoras vibram e festejam muito, afinal acabaram de conseguir o bicampeonato olímpico para a Suécia, de forma dramática, em um jogo praticamente perdido que conseguiram reverter o placar de forma brilhante, assim a festa caliente continua, as duas correm e beijam a pedra que garantiu o ponto da vitória, e quando encontram as companheiras de equipe acabam dando um beijo quadruplo, sem medo de ser feliz, sem medo de causar polêmica, e deixando todos apenas imaginando o que pode ter acontecido mais tarde nos vestiários. (Fotos: ZumaPress via PicApp)
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