Não foi contra a irmã Venus
No começo da carreira as quartas-de-final alcançadas no torneio Roland Garros de 2004. Mas depois disso a russa Vera Zvonareva não conseguia mais passar da primeira, segunda, terceira e quarta rodadas de um torneio de Grand Slam. A excessão acabou sendo o Aberto da Austrália do ano passado quando caiu diante da compatriota Dinara Safina na semifinal, conquistando seu melhor resultado em um dos quatro maiores torneios de tênis do mundo. Depois disso teve que amargar alguns resultados ruins, pelo menos até o torneio de Wimbledon de 2010, onde finalmente encontrou o seu melhor jogo passando por Jankovic, Venus Williams e a surpresa Tsvetana Pironkova, alcançando a grande decisão finalmente, o problema era a adversária que estaria do outro lado da rede.É normal e até aceitável que quando uma tenista chega em sua primeira grande decisão na carreira, ainda mais conseguida depois de nove anos de espera, ela sinta toda a pressão e acabe não resistindo. Isso não ocorreu em 1999 quando a norte-americana Serena Williams alcançou a final do US Open e jogou sua primeira decisão importante diante de sua própria torcida, e olha que a adversária era a suiça Martina Hingis. Mas para Zvonareva não teve jeito mesmo, principalmente porque enfrentou justamente Serena Williams em uma quadra central do All England Club completamente lotada. Onze anos de domínio do circuito feminino ao lado da irmã Venus Williams e finalmente um título conquistado na grama sagrada de Londres sem estar enfrentando a própria irmã na final, o trator Serena atropelou sem dó e nem piedade.
Alguém, incluindo possivelmente o técnico ou um membro da família muito próximo, deve ter falado para a russa não se intimidar em quadra, ir para cima e fazer o máximo de esforço para vencer. Afinal ela havia evitado que mais uma vez as duas irmãs estivessem juntas na grande decisão feminina de Wimbledon. Isso acabou dando certo, ou pelo menos deu certo até o sexto game do primeiro set, quando tudo estava empatado em 3 a 3 e quando todos imaginavam que o jogo seria muito equilibrado. Nas tribunas de honra Martina Navratilova via de perto a história mudar quando Serena conseguiu a primeira quebra de serviço da rival, daí em diante foi passeio pelo palco verde londrino com parciais massacrantes de 6-3 e 6-2 em pouco mais de uma hora de partida. Mamãe, irmã e toda a família aplaudindo de pé e o pai tirando fotos.A vontade demonstrada na vibração em muitos dos pontos de Serena Williams tem uma explicação bem lógica. Além de estar vencendo em Wimbledon sem ser contra a irmã na final (ela perdeu em 2004 para Maria Sharapova) ela também estava alcançando o seu 13º título de Grand Slam em toda a sua carreira, deixando para trás Billie Jean King com 12 e sonhando em alcançar a lendárias Margaret Smith Court, que é a primeira da lista com 24 conquistas. Além de Steffi Graf (22), Helen Wills Moody (19), Martina Navratilova (18) e Chris Evert (18). Com 28 anos de idade, muita força física e uma vontade fora do comum unidas a um currículo invejável que inclui conquistas em todos os tipos de pisos que existem, o difícil é não imaginar ou pelo menos supor que isso tem muita chance de se tornar realidade um dia, seja com a irmã na final ou não. (Fotos: Julian Finney/Getty Images e Matthew Stockman/Getty Images via PicApp)
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