Histórias da Fórmula 1 VII
O último foi Gaston Mazzacane que correu pela equipe Prost no ano de 2001. Depois disso a Argentina nunca mais viu um representante de sua nação participando da Fórmula 1. As esperanças no entanto se renovaram em 2010, Jose Maria Lopez chegou a ser anunciado oficialmente, em uma cerimônia realizada na Casa Rosada e com a presença da Presidente do país, Cristina Kirchner. Mas ele iria correr na USF1, a equipe norte-americana que desistiu de disputar o campeonato como deveriam ter feito também a Virgin e a Hispânia. O drama atual dos hermanos em não ver um piloto argentino na categoria máxima do automobilismo nem sempre existiu, principalmente nos primeiros 10 anos de existência da Fórmula 1, época em que um dos maiores de todos os tempos ganhava tudo.Ninguém teve chances em 1951 e tão pouco em 1954, principalmente em 1954 quando seu carro era o melhor da época, melhor até que a Ferrari, era uma Mercedes. A Argentina se vangloriava em 1955 como jamais se vangloriou em outra década depois dessa. Os argentinos estavam em todas as partes, Jesús Iglesias e Pablo Birger na Gordini, Alberto Uria em sua própria equipe além de outros três representantes na Maserati. Havia também o competente José Froilán González que tirava muito proveito dos cavalinhos rampantes com pole-positions e voltas rápidas mas todos eles juntos não chegavam nem aos pés da lenda que já havia sido o melhor em duas temporadas, nem os próprios argentinos e nem qualquer outro piloto conseguia superar o mito Juan Manuel Fangio.
Depois do show de 1954 sem poder pilotar a Mercedes no começo da temporada o que se poderia esperar de 1955? Principalmente porque a máquina estava em suas mãos desde a primeira prova, e logo uma corrida em seu próprio país, no circuto Oscar Gálvez. A vitória, a volta mais rápida e os indícios de que tudo seria como no ano anterior só foram ofuscadas pelo abandono na prova seguinte, o GP de Mônaco que se somou a mais um resultado ruim, as 500 milhas de Indianápolis que fazia parte do calendário oficial mas que não era disputada por nenhum dos principais pilotos que competiam pelo título. Tudo não passou porém de apenas um susto, Fangio se recuperou de forma brilhante nas quatro última provas vencendo três e conseguindo ser o segundo na outra. Ele era o centro das atenções, exceto pelo fato de que o ano de 1955 também chamou a atenção para outro assunto, os trágicos acidentes.Um dos maiores pilotos da história comemora seus terceiro título e nem quer lembrar que poderia ter muito mais se não fosse um acidente que o deixou fora da disputa em 1952. Acidentes que marcaram o automobilismo nos anos 50, principalmente em 1955, onde nas 500 Milhas de Indianápolis, Bill Vukovich acabou morrendo. Meses depois um acidente em Monza tira a vida de Alberto Ascari, o campeão de 1952 e 1953. E se não bastasse tudo isso, outra fatalidade ocorre nas 24 horas de Le Mans, onde o francês Pierre Levegh perde o controle de sua Mercedes-Benz e se choca contra os boxes, matando vários torcedores. Esse último acidente cancelou várias corridas e a Suiça até proibiu corridas em seu território. A tragédia acabou sendo parte da vida de muitos mas não foi novamente parte da vida de Fangio, o grande campeão que só lamentaria o fato desta ter sido a última temporada da Mercedes, equipe que só voltou agora em 2010. (Fotos: Terry Disney/Central Press/Getty Images e Joseph McKeown/Picture Post/Getty Images via PicApp)
3 Comentários:
o que eu realmente apreciei foi antiga em preto e branco, linda!!
se quiser, acesse meu blog http://artegrotesca.blogspot.com
Quando Fizeram um Pagani em sua homenagem ele fez apenas uma exigência: que o motor fosse Mercedes, porque ele era um homem da mmercedes...
E o Mazzacane era ruim pacas...haha. Não sei se teremos um hermano a curto prazo.
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