Não é preciso bater tanto assim
Nas escolas, principalmente escolas públicas e de periferia, acontece muito. Os garotos, às vezes as meninas também, se provocam na sala de aula e acabam brigando na hora da saída. Os duelos muitas vezes são rápidos e sem grandes consequências, mas alguns deles podem ser mais duros e violentos, a interferência de outros colegas no entanto evita o pior praticamente todas as vezes lamentáveis que esse tipo de situação ocorre. O bom mesmo seria reverter toda essa fúria de alguns adolescentes em coisa boa, como a prática esportiva, transformá-los por exemplo em lutadores de boxe. É difícil imaginar quantos profissionais de hoje brigaram ou não na escola, pois em cima do ringue eles não estão brigando, estão lutando de forma honesta, com regras e também com bom senso de ambas as partes, um bom senso que alguns árbitros atualmente não estão conseguindo perceber.Em algum lugar do mundo algum menino pode ter ficado sangrando em alguma briga de escola, mas ter fraturas em seu rosto durante uma luta de um contra um é meio difícil de acreditar. No boxe profissional o palco de um combate não é a esquina da rua e o público não são os outros estudantes do colégio. No boxe profissional pela segunda vez consecutiva aquele que é considerado como um dos melhores pugilista da atualidade luta dentro de um estádio, o Cowboys Stadium, da equipe de Futebol Americano do Dallas Cowboys. O público que lota as arquibancadas é de 42 mil pessoas, que ficam extremamente empolgadas para ver o filipino Manny Pacquiao encarar com fúria o mexicano Antonio Margarito, tanta fúria que a força de seus golpes parecem incontroláveis. Não há necessidade de se bater tanto em uma briga de escola, não há necessidade de se bater tanto em uma luta de boxe profissional.
O treinador de Margarito afirmou após o duelo que jamais iria jogar a toalha. Pacquiao, durante o combate antes dos rounds finais, praticamente implorava para o ábitro interromper o combate e evitar ter que bater mais no adversário. Manny Pacquiao, eleito deputado em seu país recentemente, deu um dos maiores exemplos de que o Boxe tem o seu lado bonito, justo e que o faz ser um esporte digno e honesto. Estava óbvio para todo o mundo que a luta não tinha nenhuma necessidade de ir até o final, sendo que a decisão por pontos unânime foi só uma prova disso. O lutador vencedor sabia disso, as 42 mil pessoas no estádio também, o treinador do oponente e até mesmo o próprio rival dentro do ringue sabia que devia parar. Por isso que o filipino foi aplaudido de pé mais por sua atitude do que pela grande vitória que conseguiu.Antonio Margarito sofreu ao extremo, sofreu fisicamente como um garoto de escola sofre psicológicamente quando perde uma briga de rua. O mexicano foi parar no hospital e teve que ser operado devido à uma fratura em sua face. O esporte infelizmente às vezes chega ao seu extremo e tem o seu lado triste, mesmo que pelo menos um dos seus protagonistas tivesse consciência que tudo estava indo longe demais. Emmanuel Dapidran Pacquiao, campeão em oito categorias diferente em toda a sua carreira, vencedor de 52 lutas em 57 combates que realizou desde 1995. Lutador de 31 anos de idade que espera pacientemente a oportunidade de duelar contra aquele que é o único com chances de pará-lo, Floyd Mayweather jr. Um adversário que provavelmente não apanhará tanto quanto apanhou Margarito, mas que pelo menos saberá que o cara que está batendo não quer bater tanto a ponto de literalmente quebrar a sua cara no meio. (Fotos: Tom Pennington/Getty Images via PicApp)
3 Comentários:
Pow, a cara do mexicano ficou toda desconfigurada... que bizarro, parece que foi atropelado literalmente...
Faltou critério ao ábitro em ter deixado chegar a luta a esse extremo, sem sentido algum.....
Triste isso....
Pobre rosto desse mexicano =/
Acho muito triste quando um esporte chega a tais extremos, mas fazer o quê.
Atitude falha do árbitro em não parar a luta.
Obrigado a todos pelos comentário.
Pois é Fernanda, e o pior é que isso já havia ocorrido em uma luta recentemente dos pesos pesados.
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