O ano perfeito de Novak Djokovic
Uma das coisas mais interessante de se ver entre os grandes jogadores de tênis é que o número de vitórias é sempre muito maior que o número de derrotas. Se um jogador ou uma jogadora tem quase o mesmo número de vitórias e derrotas, como 166-142, significa que ele está ainda na posição número 100 do ranking ATP, caso do russo Dmitry Tursunov. Isso não acontece com o espanhol Juan Carlos Ferreiro, por exemplo, já que o jogador que já foi número um e hoje é o 50º tem em número de vitórias mais que o dobro das derrotas. A explicação é bem simples, no mundo do tênis é possível ganhar de seis a sete jogos em uma competição, enquanto que uma derrota acontece apenas uma vez. O difícil, apesar de tudo, é nunca perder, ganhar tudo que significa ser sempre campeão, algo que incrivelmente está acontecendo com um jogador neste início de ano.Quem poderia ter ganho todos os jogos em 2011 sem perder nenhum? Rafael Nadal talvez, o atual número um do ranking que tem 486 vitórias e 104 derrotas, um bom candidato, mas não é. Então só pode ser Roger Federer, o recordista de títulos de Grand Slam que hoje ocupa a terceira colocação no ranking com 761 vitórias e 177 derrotas, mas não é ele também. Federer e Nadal, além de não serem o jogador que venceu tudo na temporada, ainda são obrigados a sucumbir diante do hoje temido tenista que não faz a menor idéia do que siginifica ser derrotado. O suiço é superado na semifinal do torneio de Indian Wells, enquanto que o espanhol perde de viada na grande decisão realizado nos Estados Unidos.
O sol da Califórnia brilhou mais forte para ele. O sérvio que vive quase sempre à sombra dos dois grandes nomes da atualidade. O jogador que já perdeu na final do US Open duas vezes, uma para cada um dos seus dois maiores rivais na carreira. O tenista que ganhou seu primeiro Grand Slam em 2008, derrotando Jo-Wilfried Tsonga na final do Aberto da Austrália, troféu que ganhou novamente agora em 2011 e que dava início ao uma sequência que talvez nem ele pudesse acreditar que ia mesmo acontecer. Novak Djokovic faz a história acontecer conquistando sua 20ª vitória consecutiva, 18 vitórias nesse ano, 100% de aproveitamento, nenhuma derrota, três títulos conquistados incluindo um Grand Slam e um Masters 1000, além do torneio de Dubai. Algo realmente notável e incrível.
Por enquanto, o ano está meio fraco para Roger Federer, que conquistou um título e chegou em uma final. Já para Rafael Nadal a situação é ainda pior, pois só conseguiu um vice-campeonato. Ambos foram superados por Novak Djokovic em finais, o sérvio que é a grande sensação do momento e o grande nome hoje no mundo do tênis, o jogador que parece estar mais concentrado e pensando um pouco mais em jogar bem e vencer, deixando de lado suas irritações exageradas e também seu lado humorado e às vezes atés sarcástico que sempre fizeram parte de sua personalidade forte. Djokovic repete o que fez tanto Nadal quanto Ferderer para chegarem ao topo do ranking, ao topo do mundo. Seu único problema talvez seja estar fazendo isso no época errada, onde se ganha poucos pontos, antes da temporada de saibro e grama, os tipos de pisos que podem ser um pesadêlo para ele e determinar o fim de sua inacreditável ivencibilidade. (Foto: Matthew Stockman/Getty Images)
2 Comentários:
Nadal e Djokovic deverão perdurar por muito tempo no duelo pelo topo, já que ambos são relatvamente novos. E o sérvio vem crescendo e diminuindo a diferença para o jogo fantástico do espanhol.
@André Augusto: Sem dúvida André, o único problema é que o sérvio ainda não mostrou serviço no saibro e na grama, enquanto que Nadal já ganhou Austrália e US Open .... favoritos de Novak.
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