O mais jovem bicampeão da F-1
A emoção é forte dentro do carro ao falar com sua equipe, assim fica mesmo inevitável não sair de sua máquina e correr para os braços daqueles que trabalharam tanto o ano inteiro para que ele pudesse chegar onde chegou novamente. Sebastian Vettel aponta com o dedo indicador como em todas as suas vitórias, pole-positions e glórias máximas, demonstra uma alegria inconfundível em cima do pódio, sendo o último a deixar o palco onde se premia os melhores de cada corrida. Fotos históricas são feitas ao lado do time e as mesmas cenas, com o mesmo entusiasmo e alegria estão acontecendo também nesse dia com Jenson Button. O inglês não estava vivendo a mesma situação do alemão, havia 'apenas' vencido o GP do Japão, mas mostrava que mesmo terminado um campeonato de Fórmula 1 nunca tem o seu fim definitivo.Daqui a exatamente uma semana, na Coréia do Sul, todos estarão prontos para mais uma corrida na Fórmula 1. O campeonato de 2012 não estará vendo seu início de forma antecipada, e sim o campeonato de 2011 é que estará finalizando a primeira de suas quatro provas que ainda não foram realizadas. Isso porque Bahrain foi cancelado. O mundo da Fórmula 1 na visão de muitos irá então se restringir na briga pelo vice-campeonato de 2011, na briga pelo Mundial de Construtores, porém se todos notarem a alegria imensa de Jenson Button no Japão, uma felicidade tão grande que transbordava através de seu pai e sua namorada, que parecia até maior do que a alegria de Vettel, verá que pouco importa na Fórmula 1 se o título já está definido ou não. Todos vão querer correr para vencer alguma das últimas quatro corridas do ano.
O próprio Sebastian Vettel é uma prova disso, quando venceu na Itália em 2008, ano em que a briga pelo título era travada por Lewis Hamilton e Felipe Massa, os pilotos que parecem seguir naquele tempo hoje em dia, se tocando na pista, se revoltando um com o outro, esquecidos no tempo, longe dos holofotes, bem longe do lugar onde se encontra o alemão que domina praticamente tudo. Não podemos duvidar de sua alegria, sua felicidade, sua emoção em ter se tornado o mais jovem bicampeão de toda a história da Fórmula 1, de ter conquistado o título no mesmo palco que já viu Ayrton Senna ser campeão, ou o seu mentor Michael Schumacher. Mas tudo era muito óbvio talvez até desde a primeira corrida desse ano, só faltava um ponto em 125 que ainda seriam disputados. O título era mais do que certo, essa alegria já estava sendo sentida a muito tempo.
No ano em que KERS e asa móvel se uniram com pneus de pouca duração para se ter mais emoção. Os penus em Suzuka ainda se desgastaram mais no carro de Vettel do que no de Button, para trazer a emoção de ver um título sendo definido na última corrida do ano como vinha acontecendo tantas vezes na Fórmula 1? Talvez se fosse a última corrida do ano, talvez de Vettel fosse Senna e Button o Prost saíria faísca na largada onde o alemão joga o carro para cima do inglês, mas Button é um gentleman e Vettel não precisa disso para ser feliz. Vettel pode ser terceiro colocado, poderia ser até quarto, quinto e na pior das hipóteses o décimo. Parecia até que os outros pilotos não se esforçaram para evitar que Button fosse o primeiro, uma das duas situações precisas para não ver o fim do campeonato, mas quem disse que o campeonato acabou?
A Fórmula 1 coroou a Red Bull pelo segundo ano seguido, corou Sebastian Vettel como no ano passado e se levarmos em consideração a nostalgia de Mark Webber na última corrida do ano passado, o alemão e seu talento nato era mesmo o piloto que merecia melhor sorte no ano em que os touros vermelhos de asas dominaram amplamente como a Ferrari de Schumacher dominou por tantos anos e como a Brawn do próprio Button foi arrasadora em uma temporada. Isso é normal na Fórmula 1, nem sempre existe um equilíbrio, nem quando fazem tudo por ele inventando até pneu de farinha. Não significa que é chato e muito menos que as disputas acabaram, até Vettel vai brigar por vitórias nas últimas quatro corridas que restam, por alguns recordes. O fã que gosta vai continuar assistindo e querendo saber de tudo, não só pela briga do vice-campeonato, mas porque cada corrida é importante para quem vence. Uma corrida pode trazer alegria para o vencedor do dia e o vencedor do ano inteiro, hoje todos viram uma prova disso. (Foto: Reuters)
4 Comentários:
É verdade, o dominio sempre existiu e sempre existirá na F1.
De tempos em tempos alguém dá as cartas. Feliz do piloto que sabe aproveitar a oportunidade, estando no lugar certo, na hora certa.
Vettel é um exemplo disso, um cara bem acima da média, muito talentoso e que está sabendo aproveitar muito bem a oportunidade.
Um campeonato perfeito, que entra para os anais da F1.
abs
Legal ver a história sendo escrita... De novo.
Ai está o new Schumacher. Mas muito mais simpático.
@Marcelonso: Pode crer Marcelo, o Webber nem parece da Red Bull !!!
@Ron Groo: verdade Groo, Vettel tem um enorme carisma também.
Foi merecido, eh um grande piloto pilotando um grande carro. Simples assim!
Tomara que ano que vem o Massa volte a disputar o caneco ou então que tenhamos um campeonato mais equilibrado, pq querendo ou naum fica um pouco chato igual nos tempos do Shumacher....
Postar um comentário