Mantendo as chances vivas
Não faz nem dois meses e foi no mesmo lugar de sempre, o MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Floyd Mayweather Jr. consegiuu uma vitória polêmica contra Victor Ortiz, onde havia acertado o adversário de forma inesperada quando a luta havia acabado de ser interrompida. O boxeador americano manteve a sua invencibilidade e o mundo manteve vivo o sonho de um dia poder vê-lo frente a frente com o outro grande boxeador da atualidade nos meio médios: o filipino Manny Pacquiao. O grande problema é que o combate entre os dois nunca é marcado, por inúmeras razões, e assim parece que eles seguem vencendo de forma forçada até que um dia subam juntos no mesmo ringue.Depois da vitória contestável de Mayweather, chegou a vez de Pacquiao. O local obviamente não poderia ser outro, Las Vegas, sempre lotado e com uma belíssima homenagem à Joe Frazier antes de começar a luta mais aguardada da noite. No telão imagens da "Luta do Século" entre Frazier e Ali, na entrada de Pacquiao o som da famosa “Eye of the Tiger”, tema do filme “Rocky III. Coincidência ou não, era o terceiro encontro do filipino com o mexicano Juan Manuel Márquez, que preferiu entrar no palco do combate ouvindo um mariachi cantado em espanhol. E pela terceira vez o duelo foi muito equilibrado, podendo acabar como o primeiro: empatado. Ou talvez diferente do segundo, que foi equilibrado e com vitória filipina.
Manny Pacquiao está com 32 anos de idade, tem uma carreira invejável, já derrotou grandes rivais e perdeu apenas três vezes. Tem 38 nocautes em 54 duelos e empatou apenas duas vezes. Não é por acaso que o consideram como um dos melhores boxeadores da atualidade, mas contra o mexicano Márquez sempre sofre como poucas vezes sofreu na sua carreira. O mexicano já tem lá os seus 38 anos de idade, porém consegue equilibrar as coisas contra o filipino e sempre luta de igual para igual. Ele fez o impossível ao empatar em 2004, quando PacMan não perdia desde 1999. Em 2008 resistiu doze rounds novamente, encontrando motivos para reclamar e principalmente remarcar uma luta para tentar fazer o que os juízes parecem sempre impedí-lo de fazer.
Uma vitória muito apertada, com uma margem bem pequena em favor de Márquez, talvez fosse justa. Um empate em 114 a 114, um resultado como o primeiro encontro, ainda mais normal. Só que apenas um juiz viu o empate, os outros dois definiram em favor de Manny Pacquiao. A torcida protestou, atirou garrafas e outros objetos, ficou tão revoltada quanto no dia em que Floyd Mayweather venceu, e não fazem nem dois meses. Não podemos pensar assim, mas parece forçado até que os dois finalmente lutam um contra o outro. O americano já tem uma data reservada para maio do ano que vem, sem definir um rival. O filipino acabou de lutar, mas deve fazer o mesmo também. O mundo aguarda que Manny Pacquiao e Floyd Mayweather Jr. se enfrentem, que façam uma luta justa e que vença o melhor. Para que as polêmicas acabaem, para que ninguém tenha que forçar a barra ao tentar manter as chances desse grande encontro vivas. (Foto: Julie Jacobson/AP)
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