Mas quem tinha dúvidas disso?

15:26 Net Esportes 3 Comments

Todos aqueles que acompanham a Fórmula 1 de perto e a bastante tempo não vão achar nada estranho nomes como Nicola Larini, Olivier Panis, Martin Brundle e JJ Lehto. Todos eles pilotos que de uma forma ou de outra foram marcantes, ou será que podem ser comparados a Taki Inoue, de quem ninguém jamais ouviu falar? E certamente um desses pilotos é o holandês Jos Verstappen, que nunca fez um volta rápida, nunca marcou uma pole-position e jamais venceu em toda a sua carreira. No total em 107 corridas foram dois pódios e apenas 17 pontos conquistados, mas todos que acompanham de perto já ouviram seu nome. O problema é que não se fala mais em Verstappen ou nunca se falará, a não ser que o próprio piloto de um 'jeitinho' de voltar à mídia.

Daqui a alguns anos, provavelmente na Itália, o nome de Rubens Barrichello será lembrado da mesma forma como Jos Verstappen foi lembrado nessa quarta-feira. Rubinho tentará chamar a atenção dos holofotes revelando algum segredo sobre a época que correu ao lado de Michael Schumacher na Ferrari. E foi justamente o que fez o holandês, após 17 anos, vindo à público dizer que o carro pilotado por seu companheiro de equipe na Benetton em 1994 tinha sistemas eletrônicos ilegais, proibidos pela FIA no final do ano anterior, já que davam uma vantagem muito grande à Williams na época. Schumacher tinha uma vantagem camuflada da qual Verstappen não dispunha, em um plano diabólico elaborado por ele mesmo: Flavio Briatore.

Em primeiro lugar a temporada de 1994 por si só já é uma temporada para ser esquecida. Morreram Ayrton Senna e Roland Ratzenberger no mesmo fim de semana. Michael Schumacher, mesmo campeão naquele ano, jamais mereceu a conquista. No GP da Grâ-Betenha desrespeitou a bandeira preta e acabou desclassificado, mesmo destino do GP da Itália onde tinha o assoalho do carro mais baixo do que o permitido, que o ajudava em termos aerodinâmicos. O alemão ainda acabou banido de duas provas, Itália e Portugal, permitindo que Damon Hill tivesse grandes chances de ser campeão. Só que se não bastasse tantas irregularidades, Schumacher ainda foi além na última corrida, jogando seu carro em cima do rival propositadamente, prejudicando sua corrida e garantindo o primeiro título de sua carreira. O sistema eletrônico ilegal foi um mero detalhe.

Por sorte em 1997 a história não se repetiu e Dick Vigarista teve o que deveria ter merecido em 1994. O grande problema nessa história toda e saber quem tinha dúvidas disso, não só porque se trata de Schumacher, mas principalmente porque se trata de Flavio Briatore, que lembra Cingapura, Nelsinho Piquet e é o mais puro sinônimo de falcatrua. Assim o alemão, de talento inquestionável, se torna o Fernando Alonso da história toda, afinal Prost já jogou o carro em Senna para ser campeão e o brasileiro fez o mesmo para conseguir a mesma coisa. O que fica no final de tudo é um asterisco, uma mancha, um motivo a mais para servir de argumento em inúmeras discussões sobre o tema que todos adoram se envolver. E para Jos Verstappen é uma forma de ser lembrado, pois tão logo ele será esquecido novamente. (Foto: Arquivo)

3 Comentários:

Patryck Leal disse...

Segredos sendo revelados.

http://fcgols.blogspot.com

Ron Groo disse...

As declaraçãos do Verstapen me soaram coisa de ressentido.
E pela demora em dizer algo - 20 anos - ficou parecendo isto mesmo.

Sem contar que as falas dele dão a impressão de achismo.

Patrick Araújo disse...

O Srº Flavio Briatore só está envolvido em treta tbm... Putz... Esse lance de ficar remoendo passado eh uma parada mto chata, pra naum dizer outra coisa, ainda mais um ano triste pra F1....