Mesmo que não seja em Roland Garros
Em uma resposta rápida diga quem venceu um campeonato de qualquer esporte oito vezes consecutivas? Acreditem ou não isso aconteceu com o Boston Celtics na NBA entre os anos de 1959 e 1966. A equipe liderada por Bill Russell nessa época ainda chegou a estar em dez finais seguidas e só perdeu em 1958 para o St. Louis Hawks, de quem havia vencido um ano antes. Quem viveu aquela época testemunhou um fato histórico que talvez jamais possa ser igualado, pelo menos não no basquete. Isso porque o tênis proporciona aos que vivem hoje a chance de ver acontecer algo tão grande e tão histórico como foi aquela incrível sequência. Com o espanhol Rafael Nadal, que simplesmente não toma conhecimento dos adversários e leva o seu oitavo título consecutivo no Masters 1000 de Monte Carlo.
Quando tinha 16 anos de idade, em 2003, Rafael Nadal foi derrotado em Monte Carlo pelo argentino Guillermo Coria, que era um grande jogador e inclusive protagonizou em Roland Garros uma final totalmente argentina onde perdeu para o seu compatriota Gastón Gaudio. Caria acabou perdendo a final naquele ano em Monte Carlo, mas em 2004, quando Rafael Nadal não jogou, ele foi campeão. O argentino se aposentou em 2009, mas em 2005 ele ainda estava no auge, e estava mais uma vez na final em Monte Carlo. E nesta final quem apareceu para enfentá-lo foi justamente aquele que havia perdido para ele dois anos antes, o espanhol Rafael Nadal, que se vingou e derrotou Coria para simplesmente nunca mais ser superado por ninguém quando joga no Masters 1000 de Monte Carlo.
Em oito anos são oito títulos e apenas seis sets perdidos, uma média de menos de um por ano. Roger Federer foi seu adversário na final três vezes seguidas. Nem o austríaco Thomas Muster venceu tantas vezes, Gustavo Kuerten se deu por satisfeito com dois títulos. Björn Borg chegou a vencer três vezes em quatro anos, só isso. Anthony Wilding levou quatro títulos seguidos entre 1911 e 1914 e os irmãos Lawrence Doherty e Reggie Doherty revezaram suas conquistas entre 1897 e 1906 onde um deles chegou no máximo a três conquistas seguidas. Ganhar oito vezes e de forma consecutiva é tão absurdamente incrível que nem nos damos conta da importância do feito quando ele é alcançado. Mas ele é importante e histórico, mesmo que não seja Roland Garros, onde Rafael Nadal teve também sua grande chance de vencer oito vezes seguidas.
Em oito anos são oito títulos e apenas seis sets perdidos, uma média de menos de um por ano. Roger Federer foi seu adversário na final três vezes seguidas. Nem o austríaco Thomas Muster venceu tantas vezes, Gustavo Kuerten se deu por satisfeito com dois títulos. Björn Borg chegou a vencer três vezes em quatro anos, só isso. Anthony Wilding levou quatro títulos seguidos entre 1911 e 1914 e os irmãos Lawrence Doherty e Reggie Doherty revezaram suas conquistas entre 1897 e 1906 onde um deles chegou no máximo a três conquistas seguidas. Ganhar oito vezes e de forma consecutiva é tão absurdamente incrível que nem nos damos conta da importância do feito quando ele é alcançado. Mas ele é importante e histórico, mesmo que não seja Roland Garros, onde Rafael Nadal teve também sua grande chance de vencer oito vezes seguidas.
Ah se não fosse aquele ano de 2009. Rafael Nadal ganhou o Aberto da Austrália, ganhou Indian Wells, Monte Carlo (aqui ele não perde), Barcelona, Roma e então perdeu em casa, em Madrid. Perdeu, mas perdeu na final, contra um compatriota que também se sentia no seu próprio lar. Nadal estava impossível em 2009, mas também se sobrecarregou demais, se desgastou, se lesionou e sofreu uma derrota inesperada na semifinal de Roland Garros. Logo no saibro sagrado de Paris, onde vinha sendo campeão desde 2005. Foi a grande chance para Roger Federer ter o seu título em Roland Garros que Pete Sampras não teve, uma chance que muito provavelmente jamais iria ter ou ainda terá na sua carreira. Assim Nadal ficou sem o título de 2009 e mostrou que o merecia quando venceu em 2010 e 2011. Seis títulos em Roland Garros, esse ano poderia ser o oitavo como em Monte Carlo.
Poderá ainda ser o sétimo, fato que acabaria com o sonho de Novak Djokovic vencer os quatro Grand Slam de tênis no mesmo ano e ainda as Olimpíadas, onde é favorito por ter vencido Wimbledon no ano passado. Até sábado essa possibilidade era uma incógnita, já que Nadal vinha de sete derrotas seguidas para Nole, incluindo três finais de Grand Slam. Mas no saibro a história tinha que mudar, no saibro o mundo do tênis testemunha a existência de seu maior rei que deve superar em breve as dinastias de Thomas Muster e Guilhermo Villas. Mesmo porque não é todos os dias que alguém consegue ser campeão oito vezes consecutivas em oito anos na mesma competição. Oito anos seguidos recebendo o mesmo troféu, que rotina, uma rotina feliz que merece ser contemplada e jamais esquecida, mesmo que seja em Monte Carlo e não em Roland Garros, onde poderia muito bem ter sido também. (Foto: AFP PHOTO SEBASTIEN NOGIER)
Poderá ainda ser o sétimo, fato que acabaria com o sonho de Novak Djokovic vencer os quatro Grand Slam de tênis no mesmo ano e ainda as Olimpíadas, onde é favorito por ter vencido Wimbledon no ano passado. Até sábado essa possibilidade era uma incógnita, já que Nadal vinha de sete derrotas seguidas para Nole, incluindo três finais de Grand Slam. Mas no saibro a história tinha que mudar, no saibro o mundo do tênis testemunha a existência de seu maior rei que deve superar em breve as dinastias de Thomas Muster e Guilhermo Villas. Mesmo porque não é todos os dias que alguém consegue ser campeão oito vezes consecutivas em oito anos na mesma competição. Oito anos seguidos recebendo o mesmo troféu, que rotina, uma rotina feliz que merece ser contemplada e jamais esquecida, mesmo que seja em Monte Carlo e não em Roland Garros, onde poderia muito bem ter sido também. (Foto: AFP PHOTO SEBASTIEN NOGIER)
0 Comentários:
Postar um comentário