Hamilton precisaria de muito vento à favor
Só remar não adiantaria, as velas precisariam estar muito bem içadas e o vento teria que ser todo à seu favor. Só assim talvez fosse possível para Lewis Hamilton tirar o título de Fernando Alonso e ser o grande campeão da Fórmula 1 em 2012. Porque não adianta nada o seu companheiro Jenson Button andar lá na frente e ver o carro quebrar o forçando a abandonar. Não adianta nada o Sergio Pérez fazer o milagre de ser o segundo colocado se o espanhol termina em terceiro. Mesmo que Sebastian Vettel tenha feito o seu papel quando o jogou para fora da pista, mas não foi um trabalho tão bom quanto o de Romain Grosjean na Bélgica. Chegar em primeiro não adianta nada para Hamilton, porque Alonso está logo ali, sempre marcando pontos importantes.Com 25 pontos por vitória, Fernando Alonso precisará de pelo menos mais dois triunfos nas sete etapas que restam para o fim da temporada. Aparentemente uma tarefa pouco complicada para quem já venceu três vezes, para quem já esteve outras três vezes no pódio e para quem abandonou uma prova apenas uma vez, tendo marcado pontos em todas as outras que completou. Assim não tem como duvidar de sua regularidade, principalmente quando seu companheiro de equipe faz um trabalho tão inferior e é obrigado a abrir passagem para ele, em uma ocorrido que nada tem haver com outros jogos de equipes polêmicos que não tinham necessidade de serem feitos na época em que ocorreram. Assim ele nem precisará remar muito.
Quem precisará remar, nadar, voar e tudo mais é o hoje atual vice-líder do campeonato. O vencedor do GP de Monza, na Itália, Lewis Hamilton. O problemático Hamilton, o ex da Nicole Scherzinger, o pupilo do Ron Dennis, o fã do Ayrton Senna, o piloto que parecia tão ligado à McLaren, mas que hoje exige milhões e troféus originais para renovar seu contrato. Um piloto que venceu três corridas no ano como Alonso, mas que nas últimas sete além dos três triunfos teve três abandonos também, além de um péssimo oitavo lugar. Nada comparado às três primeiras provas do ano quando conseguiu ser terceiro colocado três vezes seguidas. Ou as derrotas que vinham por pequenos erros seus ou de sua equipe. A McLaren prometia muito, enquanto a Ferrari não prometia nada. Mas Alonso foi sempre regular, enquanto Hamilton parava de remar diversas vezes.
Assim o campeonato aparentemente tão equilibrado de 2012 está ficando a cada dia mais óbvio e previsível. Porque Lewis Hamilton e sua instabilidade é talvez o único que pode acabar com o sonho do espanhol. Porque a FIA limou a Red Bull e seu brilhante mapeamento do motor, um fato que faria Vettel e Webber já terem deixado Alonso comendo poeira faz tempo. Mesmo que Kimi Räikkönen seja o terceiro colocado do campeonato com uma Lotus e mesmo que Sergio Pérez faça o milagre de pular de 13º para segundo. São apenas detalhes como sete pilotos diferentes vencerem as sete primeiras corridas do ano. De nada adianta tudo isso se Fernando Alonso pula da décimo para terceiro. Se Alonso está sempre no pódio, vencendo ou chegando em segundo. Fernando Alonso mantém um regularidade inacreditável neste ano, e só perde se aparecer alguém remando e literalmente roubando todo o vento que tem à seu favor. (Foto: Reuters)
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