Vettel e Red Bull igual à perfeição precoce
Nos anos de 1950 a Fórmula 1 estava apenas começando. Naquela época tudo era diferente, desde os carros, os circuitos e claro os pilotos e a forma de pilotar. Mas, talvez até porque era mais fácil que todos fossem à Argentina competir ao invés de irem à Indianápolis, um argentino fazia a diferença e mudou a história daqueles tempos. Um piloto que nasceu em 1911, que quase morreu em um acidente, que trocava Alfa Romeo por Mercedes ou Maserati, mas que também se arriscava na Ferrari. Que alcançou o seu quarto título mundial na categoria máxima do automobilismo com 45 anos de idade. Aqueles eram realmente outros tempos.Com 45 anos ninguém nem pratica esporte hoje em dia. O jogador de futebol americano Brett Favre, detentor de inúmeros recordes na NFL, recusou recentemente uma proposta para voltar à jogar aos 44 anos de idade. Romário insistiu um pouco mais e parou aos 42 anos. Alguns atletas da natação competem com mais de 40 anos, alguns jogadores de beisebol com Mariano Rivera, neste mesmo ano de 2013, se despediu com quase 43 anos. Mas é muito raro que alguém continue competindo em alto nível com mais de 40 anos. E aos 46 anos ele estava lá, Juan Manuel Fangio, vencendo mais um campeonato. Será que na Fórmula 1 é diferente? Precisa muitos anos até conseguir os recordes? Não, isso acontecia apenas naqueles tempos de 1950.
Alain Prost alcançou seu quarto título de campeão da Fórmula 1 aos 38 anos e sete meses. Bem menos que os 45 de Fangio. Não satisfeito por ter sido tricampeão aos aos 31 anos, Michael Schumacher foi lá e se tornou tetra campeão aos 32 anos e sete meses. Foram seis anos a menos de diferença. Quatro títulos na categoria máxima do automobilismo com pouco mais de 30 anos. Parecia uma negócio tão incrível que talvez ninguém jamais pudesse superar. Mas então os campeões mais jovens começaram a surgir, primeiro Fernando Alonso, depois Lewis Hamilton. E então Alonso conseguiu ser o bicampeão mais jovem. Mas tricampeão mais jovem nem mesmo Schumacher conseguia tirar de Ayrton Senna. Só que eles ficavam por aí, até o dia que um novo alemão resolveu continuar sendo sempre o mais jovem em tudo.
O mais jovem campeã. O mais jovem bicampeão. O mais jovem tricampeão e agora finalmente o mais jovem tetracampeão. E só existem três tetracampeões. E só existem dois pentacampeões e apenas um deles chegou ao hepta. Sebastian Vettel chegou ao seu quarto título na Fórmula 1 aos 26 anos e três meses. Lá se foram mais seis anos de diferença como haviam sido quando Schumacher superou Prost. É muita diferença. Se correr até os 38, quando Prost foi tetra, eles poderá ter chegado aos dez títulos! Isso, claro, se tiver carro. Mais do que idade, experiência, talento nato e outras coisinhas mais, é preciso ter um carro. E Vettel tem, portanto ele é o tetracampeão mais jovem graças à ele mesmo e graças à Red Bull, Adrian Newey, Christian Horner e todos que contribuíram para que a máquina e o humano alcançassem toda essa perfeição precoce.
1 Comentários:
Precoce mesmo, mas penso que seja culpa do mercado que a cada década acaba por buscar indivíduos cada vez mais novos para os postos de trabalho, seja no esporte ou outra coisa qualquer.
Agora, de boa. Vettel é exceção enquanto talento.
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