Quando uma mão suiça lava a outra
Dentro do forno à lenha, ou melhor, lá na Austrália, quem compareceu para entregar o troféu ao grande campeão foi ninguém menos do que ele, o grande e inesquecível Pete Sampras. O americano que dava trabalho ao Andre Agassi, o jogador que dominou as gramas de Wimbledon por um bom tempo e o tenista que simplesmente havia se tornado o maior vencedor de torneios de Grand Slam em todos os tempos com 14 taças. O número era expressivo e parecia que ninguém conseguiria alcançá-lo ou até quem sabe superá-lo. Mas conseguiram. E se não bastasse um, quase foram dois neste fim de semana, evitado apenas porque uma mão suiça lavou a outra.Você até ouvia falarem o nome dele por aí, mas ele era muito mais conhecido quando se juntava o maior vencedor de Grand Slam´s de todos os tempos. Não Pete Sampras, que ficou velho e ficou para trás, mas sim o seu compatriota Roger Federer. O suiço alcançou as 14 conquistas do americano e elevou o número para 17. Era mais do que natural que outro suiço aparecesse seguindo os passos do leão da montanha. E não deu outra, Stanislas Wawrinka estava lá ao lado de Federer para juntos darem trabalho na Copa Davis, até que aos poucos ele foi alcançando o seu espaço e mesmo sem querer ajudou Roger e também Sampras.
Wawrinka três, Rafael Nadal um. Stanislas Wawrinka jamais havia vencido Nadal antes. Wawrinka derrotou Tommy Robredo, Novak Djokovic e Tomas Berdych até chegar na decisão. Nadal passou por Federer, que não vence mais Grand Slam´s faz tempo. O espanhol está atualmente com 13 títulos de Grand Slam, e Pete Sampras estava lá para lhe entregar o seu 14º troféu. Nadal perdeu o Aberto da Austrália, e perdeu a chance de vencer todos os torneios de Grand Slam no mesmo ano. Nadal quase igualou a marca incrível que até o outro dia mesmo parecia inalcançavél de Sampras, mas isso não siginifica que ele jamais irá conseguir.
Rafael Nadal está com 27 anos de idade. Ele venceu oito vezes Roland Garros em nove anos. Ele só havia vencido no Aberto da Austrália um vez, em 2009, e sabe o quanto é difícil ser campeão por lá. Se continuar com sua média de conquistas deve não só passar batido por Sampras, como talvez até superar Federer em número de conquistas de torneios de Grand Slam. Se isso não ocorrer, será uma surpresa enorme, porém pelo menos um desses dois objetivos já poderia ter acontecido neste domingo, ainda mais com a presença de Pete Sampras. Ele só não contava com a inesperada mão suiça lavando a outra e adiando um pouco mais o mais complicado desses dois grandes objetivos de Nadal em sua carreira.
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