Colômbia se pinta de rosa e conquista a Itália
Jamais, em qualquer uma das 96 outras edições já realizadas do Giro d'Italia, um competidor sul-americano ousou sagrar-se como o grande campeão ao final de suas longas e intermináveis 21 etapas de uma disputa dura e absolutamente intensa. Nem em 1909 quando eram disputadas apenas oito etapas, dia sim, dia não, dia sim, dois dias não. E nem mesmo em 1949, quando Fausto Coppi venceu novamente numa época que apenas os italianos erguiam o troféu de campeão. Um domínio tão intenso só seria repetido entre 1997 e 2007, mas a partir de 2008 tudo mudou. Espanhol, russo, canadense. Até 2014, quando finalmente após 97 edições um ciclista sul-americano se tornou pela primeira vez campeão do Giro d'Italia.
O grande pequenino Nairo Quintana. Com apenas 1,67 metros de altura e um peso pena de 59 kg. Sua esposa está de rosa e seu filho recém nascido também. O presidente Juan Manuel Santos usa rosa e todo o país da Colômbia se pintou de rosa para conquistar a Itália. Do meio dos Andes, de Tunja, para conquistar o mundo. Um sonho que cultivava em sua tenra infancia quando pedalava cerca de 16 quilômetros para ir à escola aprender que o mundo era muito maior do que o departamento de Boyacá. Para descobrir que tudo tem uma primeira vez, a primeira vez de um sul-americano, a primeira vez de um colômbiano na primeira das três grandes competições do cilcismo mundial.
0 Comentários:
Postar um comentário