E tudo que o mundo quer é Pacquiao contra Mayweather
Ainda estou tentando entender o que eram aquelas alegorias e adereços no calçado de Chris Algieri. O americano tinha um cartel de respeito, eram 20 lutas, nenhuma derrota e oito knockouts. O problema dele, no entanto, era que do outro lado do ringue estava ninguém menos que o filipino Manny Pacquiao. Em Macau, na China, que horas da tarde eram por lá quando o combate começou? Eles esqueceram de avisar o pugilista dos Estados Unidos que ele precisava entrar no ringue para que a luta pudesse ser iniciada no primeiro round. Respeitar um rival com um currículo como o de Pacquiao é o mínimo que se pode esperar, mas não precisava respeitar tanto assim!?
Quantas vezes Algieri esticou as mãos para tocar as luvas do filipino em um gesto de cordialidade? Talvez mais do que tenha socado a cara do adversário, no primeiro round nem tentar um soco ele foi capaz de tentar. Em seguida ele iria escorregar no ringue e ver o fraco e perdido juiz abrir contagem. Mais tarde experimentar os poderes e a grande força da gravidade se tornariam mais do que uma realidade e rotina em sua vida de alegorias e adereços no calçado. Algieri, naturalmente, acertaria um ou outro golpe em Manny Pacquiao, mas ao longo de 12 e intermináveis rounds o seu sofrimento seria maior do qualquer um que já imaginou que viveria um dia.
Pacquiao está com 35 anos. Não vive o auge de sua carreira e recentemente sofreu duas derrotas seguidas. Mesmo assim ele mostrou na noite do último sábado que a velha vitalidade ainda pode lhe render frutos dos quais sempre sonhou colher. Recuperar cinturões, manter cinturões. São 57 lutas, cinco derrotas e dois empates. Não é uma questão de ganhar mais ou menos dinheiro. Agora é uma questão de honra, é uma questão de fazer a história acontecer. Tudo que o mundo quer agora em 2015 é Manny Pacquiao contra Floyd Mayweather Jr., a luta do século, a luta do milênio, a luta que finalmente pode dividir uma era de ouro dos meio-médios do boxe.
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