Seria uma falsa sensação de equilíbrio na F-1?
Inegavelmente a cena é bem interessante. Piloto alemão de vermelho comemorando no ponto mais alto do pódio. Pulo com soco no ar quase igual ao do Pelé e dedinho balançando, na inconfundível regência do animado hino italiano. Sebastian Vettel estava emocionado em sua primeira vitória pela equipe Ferrari, e logo em sua segunda corrida pela escuderia italiana. Não havia como não se lembrar do ídolo Michael Schumacher. Do heptacampeão pouco se sabe sobre sua atual situação, mas descobrimos um meio-irmão. Não é o Sebastian Vettel e sim o Sebastian Stahl, que quase embarcou no voo da Germanwings que caiu nos Alpes franceses. Já o voo de Vettel foi na Malásia, mas será que o domínio da Ferrari não teria sido apenas uma falsa sensação de equilíbrio?
O primeiro ponto foram as altas temperaturas. Não será assim na China, mas a sorte é que no meio do ano é verão na Europa. Tratores na pista, Safety Car, Mercedes antecipando parada. Ou será que foi Mercedes equivocadamente aumentando o número de paradas? Lewis Hamilton termina a corrida em segundo lugar com três paradas no pit stop. Um outro ponto determinante foram os compostos de pneus. Cadê os pneus médios, mais rápidos, para Hamilton no final da corrida? O atual campeão inglês chegou a ser quinto colocado, enquanto seu companheiro Rosberg andou em nono. Eles terminaram a corrida em segundo e terceiro lugar. A Mercedes não rendeu em Sepang como rendera em Melbourne, mas a Mercedes ainda é a Mercedes que domina tudo.
Muito legal ver Vettel vencendo e lembrando Schumacher. Muito interessante mesmo ver a Ferrari andando bem e equilibrando as coisas com a Mercedes. É excelente para a Fórmula 1 que haja equilíbrio e que pelo menos duas equipes briguem pelas vitórias e tragam mais emoção à categoria máxima do automobilismo. Mas talvez a Malásia tenha mostrado apenas uma falsa sensação de equilíbrio na F-1. Vamos esperar para ver o que acontece na China. Vamos esperar um pouco mais para ver o que vem pela frente. Vamos torcer para que as coisas não se tornem monótonas e que as corridas não sejam uma chatice. Vamos torcer por disputas acirradas e vitórias alternadas, mas se não for possível, que a culpa não cai sobre a inteligência de quem desenvolveu um carro imbatível.
2 Comentários:
Compartilho da sua opinião. O que aconteceu na Malásia foi pontual.
Por outro lado começo a achar que Arrivabene fala sério quando diz que o alvo não é apenas superar a Williams e sim, brigar com a Mercedes.
Vamos ver como será o desenvolvimento da Ferrari ao longo do ano. De todo modo, não creio que possam tirar o campeonato da Mercedes.
abs
Sim e não.
Sim porque provavelmente a Mercedes não incorra em novos erros de estratégia.
E não, porque o crescimento da Ferrari foi a olhos vistos.
Basta ver o calvário vivido pelo Kimi durante a corrida e ainda assim chegou em quarto.
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