Máquina Serena Williams de ganhar títulos
Gripada? Fora de suas plenas condições físicas? Longe de ser a boa e velha Serena Williams que todos conhecem? Se for analisado apenas o segundo set da grande final feminina de Roland Garros, sim. Ela tinha a vantagem da quebra de saque, ele tinha tudo para fechar em 6-3 e ou pelo menos 6-4, ela se viu por baixo do tapete quando perdia por 5-4 e se recuperou, mas mostrava demais suas fraquezas tão aparentes em seus treinos de nariz escorrendo. Lucie Safarova se empolgava e ia para cima, quebra os serviços da rival americana e se sentia em casa na doce e bela Paris. Parecia estar nas nuvens, ou pelo menos no alto da torre Eiffel. Ela avistou o rio Sena e deslumbrou na Champs-Élysées. Vitória no tie-break e apenas um breve sonho de um belo mundo. Tudo teria o seu fim, quando a máquina Serena Williams de ganhar títulos estivesse de volta para mostrar como se faz para erguer um troféu tão cobiçado.
Quem gosta de basquete e acompanha a NBA, se lembra ou já ouviu falar do dia em que Michel Jordan jogou gripado. Foi uma das melhores e maiores atuações de toda a sua carreira. Emblemático. Estar gripado ou doente não significa que você irá jogar mais e melhor, muito pelo contrário, Maria Sharapova que o diga após ir embora mais cedo do que se espera para um atual campeã em Roland Garros. Mas ás vezes, apenas às vezes, vemos grandes campeões se desdobrando e se superando para alcançarem o inalcançável. Eles buscam uma força sabe-se lá de onde e vão para a competição como se fosse a última de toda sua vida ou carreira. Dão uma importância acima da merecida, se é que isso é possível em algo tão importante. E isso não aconteceu apenas na grande decisão, pois Serena teve que se superar durante toda a competição francesa.
Bacsinszky, Stephens, Azarenka e Friedsam ainda na segunda rodada. Quatro jogos, antes do decisivo, decididos em três sets. Sendo que em três deles perdeu o primeiro set. De onde Serena Williams buscava forças para reagir? Só mesmo Serena Williams, uma máquina de ganhar títulos para não desistir jamais. Seu jeito peculiar de andar a passos curtos sem jamais dar aquela famosa 'corridinha' entre um ponto e outro ou entre um set e outro. E de repente ela grita, vibra e promove seus famosos pulinhos de alegria. Ela vence e convence, ela alcança o seu 20º título de Grand Slam e por que não sonhar com os quatro nos mesmo ano? Afinal dois já foram. E mais além, alcançar Steffi Graf, dona de 22 Grand Slam na carreira, quem sabe até Margaret Court, que tem 24 antes da Era Aberta. Tudo é possível, afinal Serena é uma máquina que nem mesmo uma gripe consegue derrubar.
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