A alvorada de um tempo que não acabou
É noite de sábado, o lanche foi rápido, o doce é restrito e o celular é seu amigo. Nas redes sociais as interessantes vidas fúteis de perfis adicionados ao acaso. Nas notícias oficiais uma surpreendente informação para um desinformado em ação. Havia não só uma manchete reveladora, mas também um vídeo com imagem boa. Era toda a Breeders' Cup Classic passando em uma tela que cabe na palma de sua mão. O narrador ia à loucura e o espectador ficava enlouquecido.
O que é mais interessante a respeito do cavalo American Pharoah? A começar pelo seu nome, onde faraó foi escrito errado no dia que seu registro fora enviado. O puro inglês de 3 anos reescreveu uma história que todos esperavam haviam 38 anos. De 1978 a 2015. Passando por grandes chances que até hoje ninguém sabe como foram desperdiçadas. Havia quem ousasse imaginar que jamais um cavalo iria conseguir vencer a Tríplice Coroa novamente.
Mas, para a sorte de todos, os 38 anos de espera terminaram. American Pharoah era finalmente o escolhido. E já bastava. O cavalo entrou para a história com uma vitória avassaladora em Nova York. Era impossível não se lembrar de Secretariat, um dia ainda veremos um filme no cinema contanto toda a história de Pharoah. Uma história que ainda não havia terminado, ainda tinha muita lenha para queimar, mesmo se alguns não pudessem nisso acreditar.
Ele voltou para as pistas, venceu o Haskell Invitational, mas perdeu no Travers Stakes. Seria possível partir para a Breeders' Cup Classic como um dos favoritos? Pecou quem ousou não crer. Pecou quem ousou não apostar todas as suas fichas. Além de vencer, American Pharoah arrasou novamente, abriu uma vantagem histórica e fez história novamente. Pela primeira vez em todos os tempos um cavalo vence a Tríplice Coroa é a Breeders' Cup. Na alvorada de um tempo que não acabou, porque American Pharoah vai durar para sempre.
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