No Citi Field, a festa do rival
O domingo estava sendo um dia bem agradável. Pela manhã, após o desjejum, passou pelo Central Park para assistir a Maratona de Nova York. Depois do almoço um cochilo revigorante, os olhos pararam de arder. Agora é hora de se arrumar, aquela velha jaqueta azul ele vai usar. Antes uma passada rápida no Alice´s Tea Cup para tomar um chá, depois o metrô ele vai pegar. Linha vermelha até a Times Square, em seguida a lilás, esse caminho é bom demais. A mesma coisa havia feito na sexta e repetiu tudo no sábado. O Citi Field é seu destino e um milagre o seu sonho impossível.
E pensar que sexta-feira havia sido o único dia feliz. Até Mike Piazza estava lá, dando o arremesso inicial. Como foram duras as derrotas nos dois primeiros jogos em Kansas, mas jogando em casa, na maravilhosa Nova York, no coração do Queens, a esperança de fazer 3 a 1 na série até domingo se tornava cada vez mais grandiosa. O ataque funcionou, o placar de 7 a 1 foi marcante, o rival cometeu erros bizarros e o verdadeiro campeão parecia estar se moldando cada vez que um de seus jogadores ia para o bastão. Uma doce ilusão.
Da rua 72 até Flushing. Ou voltando para casa durante a madrugada. O jogo quatro fora um fiasco, mesmo que no começo todos estivessem maravilhados. Um desastre na oitava entrada, o pesadelo só iria aumentar mesmo jogando em casa. Ainda havia uma esperança, principalmente quando se anota corridas na primeira e na sexta entradas, mas o Kansas City Royals empatou tudo quando todos já estavam pensando em voltar para casa. E se o jogo está empatado, significa que é hora de invadir a madrugada.
O jogo um teve 14 entradas, o cinco parou na décima segunda. Não precisava humilhar tanto, não precisava anotar cinco corridas e tirar qualquer chance de reversão quando chegasse sua vez no bastão. O título na World Series não vem desde 1986 para o New York Mets, o título na Wolrd Series não vinha desde 1985 para o Kansas City Royals. O revés do ano passado foi esquecido, esse título foi mais do que merecido. Não deu para o Cubs como previu o filme "De Volta Para o Futuro II", e nem mesmo para seu algoz Mets. O Royals é campeão e só resta a desilusão. Agora é hora de pegar a linha lilás, até a vermelha, para chgar em casa. Esperando dias melhores no futuro, quem sabe um final diferente em 2016.
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