Não me leve a mal, é melhor que o Carnaval
Assim como as belas jogadoras de vôlei, a letra da marchinha "Máscara Negra" é muito boa, mas não me leve a mal, o Super Bowl é muito melhor que o Carnaval. Melhor ainda se for um momento histórico e marcante como a edição de número 50 da grande decisão do futebol americano da NFL. Dentro de campo Denver Broncos e Carolina Panthers não trouxeram alegorias, porém antes havia o famoso cavalo correndo sem rumo e o bom e velho bumbo, desta vez tocado pelo astro da NBA Stephen Curry, devidamente uniformizado com a camisa número 30 da equipe da Carolina do Norte. Os jurados não são puxa saco, o dez foi merecido em ambos os casos.
O jogo começou e a torcida fez a festa. Havia muita alegria, todos pareciam estar tocando bateria. Não tinha a paradinha, mas estavam todos na mesma sincronia. Não precisam nem entrar no recuo, pois eles estão no topo do mundo. A saudação não é diferente, quando ali vem a comissão de frente. Nada melhor que chamar para dentro da festa todos aqueles que foram escolhidos como MVP da cada jogo do Super Bowl já realizado. Tom Brady acabou sendo vaiado, mas isso não significa que por muitos outros ele seja idolatrado. Payton Manning não participou desta homenagem, pois ele se preparava para outra festividade.
O enredo do Denver Broncos era vencer, afinal perderam a dois anos atrás. Talvez por isso partiram para cima com tanto empenho e determinação logo no começo com muita ação. Havia uma harmonia de um lado que não se via quando o rival entrava na avenida. Não havia uma porta-bandeira, mas o mestre-sala marcou o seu nome em todas as alas. Von Miller dava o tom do jogo na passarela, essa defesa do Denver Broncos não deixa sequer uma brecha. A equipe evitou o laranja e jogou de branco, adeus maldição maldita, isso que é acertar em cheio na fantasia. Só faltou mesmo um bom samba-enredo no show do intervalo, que preferiu apenas lembrar do passado. Sorte que antes disso, a Lady Gaga já havia interpretado muito bem o hino.
Cam Newton deve ter ido até a Marquês de Sapucaí, porque até agora ainda não havia parecido por ali. Dois fumbles e dois touchdowns, não tinha nenhuma bandinha, mas era uma grande folia. A cada sack conseguido pela defesa do Broncos a torcida explodia em alegria, voava para todos os lados muito confete e serpentina. Quando o kicker do Panthers errou o Field Goal chutando na trave, ele queria tirar o capacete e colocar uma máscara para se esconder. O erro foi crucial para as pretensões de uma equipe cujo ataque não evoluía. Do outro lado o Broncos avança como harmonia e, de três em três pontos, foi construindo sua mais importante alegoria.
No final ainda era domingo, mas com o aumento no placar para 24 a 10, o Carolina Panthers estava acabado e em cinzas, pensando que já era quarta-feira. Peyton Manning, aos 39 anos, finalmente chegou a seu segundo título de Super Bowl, graças a força da defesa da sua equipe, mas também a sua ousadia logo no início do jogo que já colocava de cara a equipe em condições de pontuar. A experiência faz a excelência, afinal também ganhou lá no Rio a Mangueira. Agora não resta mais tempo no relógio e o Carolina Panthers estourou o limite permitido. Na passarela verde quem desfilou foi o Denver Broncos, porque ninguém pode me levar a mal, afinal o Super Bowl é melhor que o Carnaval.
1 Comentários:
Foi aquela coisa: Ataques ganham jogos e o do Carolina é fantástico!
Cam Newton é o futuro da NFL.
Logo todos os times estarão procurando nos drafts QB´s com características minimamente parecidas com ele.
Mas defesas ganham campeonatos.
E como jogou a defesa de Denver.
Von Miller, que homem... Me abraça!
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