A dinastia do Golden State Warriors

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Já era previsível que as finais da NBA deste ano iria remeter à famosa frase de que "não teve nem graça". Exceto pelo jogo um, que terminou empatado e foi para a prorrogação, o resto foi só passeio do Golden State Warriors contra o Cleveland Cavaliers. A própria prorrogação do jogo um das finais já mostrou como seriam os próximos jogos e talvez até como deveria ter sido este primeiro jogo. É possível que contra o Houston Rockets, que talvez pecasse por alguma falta de experiência dos jogadores em finais, as coisas pudessem ser um pouco mais equilibradas, mas contra o Warriors de Kevin Durant e Stephen Curry não iria ter jeito não. Mesmo com uma falha nos últimos quatro anos, pode-se dizer que a NBA vive uma época de dinastia do Golden State Warriors que venceu três campeonatos nesse período.

E se essa dinastia será mais uma vez interrompida ou mesmo encerrada um dia, esse dia ameaçou chegar neste ano. Foi um ano relativamente diferente na NBA, isso em relação ao que vinha acontecendo nos últimos três anos antes deste. Depois que LeBron James deixou Miami para retornar à sua "casa", a NBA viu ao mesmo tempo o surgimento do grande time do Warriors. Ou talvez até um renascimento da equipe que já havia brilhado em outras ocasiões. O time já havia sido campeão em 1947, 1956 e 1975, sendo as duas primeiras quando estava sediado em São Francisco depois de ter deixado a Filadélfia e antes de ir para a Califórnia. Gonden e Cleveland então dominaram tudo, chegando em três finais seguidas. A quarta poderia até acontecer, mas não era o que parecia.

Tudo mudou quando Kyrie Irving saiu do Cavs e foi para o Boston. Muitas outras negociações aconteceram também, como o Oklahoma City Thunder trazendo Carmelo Anthony e Paul George, mas as coisas não deram muito certo por lá. LeBron não ficou sozinho, viu Isaiah Thomas chegar e seu velho amigo Dwyane Wade, mas eles foram embora antes da hora. O Boston também não vivia dias bons, vários jogadores se machucaram, incluindo Irving, só que eles continuaram jogando bem. No topo do leste está o Toronto Raptors, e no topo do Oeste aparece o Houston Rockets. Nada de LeBron e nada de Curry, que se machucou, e viu o Golden cair um degrau abaixo.

Foi um tempo difícil, mas pelo menos na primeira rodada dos playoffs eles conseguiram se aguentar. O grande fator diferencial para o derradeiro final desta temporada foi justamente o retorno de Stephen Curry após sua lesão. O mesmo não se pode dizer de Kyrie Irving e do Boston Celtics. Mesmo perdendo ainda mais peças, eles se mantinham firmes, mas perderam uma série pela primeira vez em sua história depois de abrir dois a zero. E tudo por causa de apenas um jogador, LeBron James, que fez um milagre atrás do outro para carregar o Cleveland Cavaliers à sua quarta final consecutiva. No jogo sete da série contra o Boston ele simplesmente deu o sangue em quadra, jogando todos os 48 minutos da partida sem qualquer segundo de descanso.

Na final a história não foi a mesma. Quando foi campeão em 2016 já havia feito o seu milagre, uma vitória no jogo sete por uma bola que foi arremessada para fora. Enquanto os confrontos se resumem ao Leste, de um Toronto sem poder de decisão e um Boston que se prepara para os próximos anos e foi mais longe do que imaginava após tantas perdas, as coisas estavam boas, mas quando se enfrenta o dono de uma nova dinastia tudo termina em uma grande varrida. Até onde esse Golden pode continuar indo com Durant, Curry e companhia ninguém sabe, mas para onde vai LeBron James é o que todos querem saber. Se ele sair mesmo do Cleveland Cavaliers, uma coisa estará certa: A quinta final seguida entre Cavs e Warriors não vai acontecer, só restando saber se essa dinastia do Golnden ainda vai prevalecer.

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