Glória é do escocês voador
Quando a cantora Jewel foi interpretar o hino nacional dos Estados Unidos, seu microfone falhou e ninguém podia ouvi-la, rapidamente um novo lhe foi oferecido mas neste momento o som enfim começou a funcionar, a tempo que sua bela voz fosse ouvida e arrepiasse os 400 mil espectadores que lotaram o Indianápolis Motor Speedway para a 94ª edição das 500 milhas de Indianápolis, tudo havia ficado quase perfeito se não fosse outra falha na sempre bonita e emocionante cerimônia de abertura da prova, pois os caças da força aérea que sempre cruzam o céu assim que o hino termina demoraram um pouco mais para passar desta vez, o forte calor que fazia hoje deve ter afetado um pouco a organização, mas não afetou nadinha os pilotos.Na hora em que Mari Hulman George deu o comando para que todos ligassem os motores tudo melhorou, Robin Roberts conduziu o Pace Car por mais ou menos três voltas antes da largada e o ator Jack Nicholson, usando um boné do seu time de basquete favorito, o Los Angeles Lakers, teve a honra da dar a bandeira verde para os 33 pilotos que sonhavam com a vitória, na corrida de automobilismo mais tradicional do mundo, a mais emblemática e mais fascinante corrida de carros do planeta, que tinha além da primeira pilota brasileira na história da prova, um brasileiro largando em primeiro e outro brasileiro largando na última posição, mas ambos tendo praticamente o mesmo final após as intermináveis 200 voltas.
Bia Figueiredo fez o que podia fazer, e conseguiu ao menos completar a corrida, Hélio Castroneves largando na pole queria fazer história ao conquistar aquela que seria sua quarta vitória na carreira, foi ousado na estratégia que adotou na metade final da prova mas teve que parar nos boxes para um splash n'go quando a corrida estava bem perto do final, o mesmo aconteceu com Tony Kanaan, que largou na última colocação e quase conseguiu um milagre, chegou a ser segundo colocado e se aproximava do líder restando seis voltas, mas faltou combustível, a parada era inevitável e terminava ali a chance de realizar o sonho que persegue a tantos anos, melhor para o escocês voador, que faturou a prova pela segunda vez na sua carreira.Ele fez uma largada brilhante e assumiu a liderança logo nas primeiras voltas, se manteve em primeiro por mais tempo do que todos os concorrentes e até foi obrigado a ficar nas posições mais atrás durante determinado momento da corrida, o escocês Dario Franchitti venceu em 2007, curiosamente largando na mesma posição que largou hoje, terceiro, e repetiu o feito cruzando a linha de chegada sem esforço e sob bandeira amarela, tudo porque na última volta ocorreu um gravíssimo acidente entre Mike Conway e Ran Hunter-Reay, onde o carro de Conway decolou e saiu voando e batendo no alambrado, o piloto fraturou a perna enquanto Franchitti fazia sua festa com o leite, pois ele também voou, só que seu vôo foi para mais uma incrível vitória na mais incrível prova automobilística que existe. (Fotos: Nick Laham/Getty Images e Ed Locke/Newscom via PicApp)
3 Comentários:
Poisé, naum deu para um brasileiro levar o caneco da Indianapolis pra gente...
Faltou mais sorte para o Helinho, mais corrida eh assim!
Mais o Kanaan parecia um monstro! Correu e muito, ele foi demais! Se ganhasse como vc falow ele ia operar o milagre! pena que faltou combustível....
Foi uma bela corrida!
Mais um exemplo de como fazer um grande evento esportivo apresentado pelos americanos, mesmo com pequenos erros.
Se existisse justiça, Tony Kanaan deveria levar, mas...
Não entendi a tática de Castroneves, sinceramente... E a vitória de Franchitti foi... Foi... No mínimo broxante.
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