A maior honra do basquete
Magic Johnson e Larry Bird rindo e se abraçando, os antigos rivais do basquete já estiveram juntos do mesmo lado um dia, defendendo a sua nação e hoje lado lado são merecidamente homenageados. Durante seu discurso Scottie Pippen precisa fazer uma pausa tamanha a emoção que este momento em uma noite inesquecível em Springfield pode proporcionar. Os Simpsons não vieram mas Michael Jordan estava lá para conceder a um de seus maiores escudeiros a honra de ser incluído no Hall da Fama da Basquete, seu outro companheiro de Chicago Bulls também teria um de seu feitos reconhecidos, pois tanto a Seleção Amaricana de 1960 como o 'Dream Team' de 1992 entraram para a galeria dos imortais, Charles Barkley posou para a foto novamente com aqueles que ganharam a medalha de ouro em Barcelona, na primeira vez que os profissionais da NBA jogaram juntos.Todos muito bem trajados de terno e gravata, afinal não é todo dia que se recebe o maior reconhecimento que o basquete pode proporcionar. John Stockton, Clyde Drexler, Chris Mullen, Karl Malone, Patrick Ewing, David Robinson e Christian Laettner se unem novamente a Charles Barkley, Scottie Pippen, Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird 18 anos depois. O time que todos apostavam que iriam ganhar todos os jogos na Espanha por 40 ou 50 pontos de diferença fez exatamente isso, assim como os selecionado de 1960 que tinha Oscar Robertson, Walt Bellamy e Jerry Lucas e que conseguiu a incrível média de 42,4 pontos de diferença sobre os rivais por partida. Pippen e Malone são homenageados individualmente assim como Dennis Johnson, Gus Johns e Cynthia Cooper. No total 12 jogadores do time de 1992 já entraram para o Hall da Fama individualemnete, privilégio que também é de brasileiros.Até a noite de ontem Hortência era a única representante do Brasil no Hall da Fama do basquete norte-americano, mas a homenageada de 2002 ganhou uma companhia tupiniquim mais do que merecida, e não foi Oscar que sem dúvida merece muito e quem sabe ganhe um dia, e sim Ubiratan Maciel, mais conhecido como Bira. Jogador que viveu os tempos áureos do basquete brasileiro nos anos 60 e 70 ganhando o campeonato mundial de 1963, além do bronze nas Olimpíadas de Tóquio em 1964 e três medalhas em Jogos Pan-Americanos, prata em São Paulo (1963) e bronze na Cidade do México (1975) e em San Juan (1979). Foram 11 conquistas nacionais ao lado de Wlamir Marques, Mical, Edvar, Amaury e Rosa Branca e se tornou o primeiro atleta do país a atuar no exterior quando foi jogar no Sprungen, da Itália. A bonita homenagem no entanto foi póstuma, já que Ubiratan faleceu em 2002 aos 58 anos.Os discursos nesse dia tão especial foram emocionados e envolventes, Karl Malone teve que enxugar as lágrimas e Larry Bird aproveitou para falar tanto quanto falava na época que estava na ativa. Cynthia Cooper também subiu no palco para receber sua honraria e para falar por Ubiratan quem subiu ao palco foi o seu filho Luciano Pereira, que leu seu discurso fazendo questão de agradecer imensamente por esse reconhecimento. Um reconhecimento que é muito importante no basquete dos Estados Unidos, democrático que não premia apenas os jogadores nascidos na terra do Tio Sam, e sim os grandes nomes do esporte da bola laranja que fizeram a história acontecer ao longo dos anos em qualquer parte do planeta, uma galeria de imortais que conta com os melhores de todos os tempos e que certamente ainda vai premiar muitos que merecem estar lá, basta esperar pois esta noite inesquecível como a de ontem chegará. (Fotos: Brian Snyder/Reuters via PicApp)
3 Comentários:
Bonita homenagem ao Bira mesmo, pena ela ter vindo depois de sua morte. Eu me pergunto porque nossa confederação não adota um mesmo modelo de homenagens?
Valorizar os ídolos do passado é um grande meio para estimular possíveis ídolos do futuro!
Como é bom ver este pessoal junto... E como é bom ver Magic Jhonson bem.
Bira e todos os outros represenam muito bem a história desse esporte. Muito boa a "classe 2010" do Hall.
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