Só por muito dinheiro ele fica
De Santo Domingo, da República Dominicana para o Mundo. Não estamos falando do corredor Félix Sánchez, que nasceu nos Estados Unidos e resolveu competir pelo país caribenho, e sim de Albert Pujols, um dominicano nato que imigrou para a Terra do Tio Sam em busca do reconhecimento no esporte que resolveu praticar. O tal reconhecimento começou em 2001, quando foi draftado pelo St. Louis Cardinals para jogar na melhor liga de beisebol do planeta, a MLB. Logo de cara foi eleito novato do ano, estava selecionado para jogar no All Star Game, além de ter impulsionado a expressante marca de 130 corridas e rebatido inacreditáveis 37 home runs, um número alto para um jogador que apenas começava sua trajetória, uma trajetória que o faz ser considerado hoje como um dos melhores da atualidade.Melhor até que Alex Rodriguez, do New York Yankees. Esse status é forte, enche o atleta de orgulho, esperança e muito mais auto confiança. Uma confiança em si mesmo que o faz pedir um salário cada vez mais alto para renovar contrato com a equipe que defende, afinal Albert Pujols não se cansa de rebater home runs, sua média é de 42 e nos últimos dez anos conseguiu um total de 408, ele é o único jogador da MLB em todos os tempos que rebateu mais de 30 homers em um mesmo ano em todos os anos de sua carreira, a menor marca foi de 32 em 2007 quando tinha 27 anos de idade. Aquele ano poderia ter sido melhor, poderia ter sido como em 2006 quando rebateu o seu recorde pessoal de 49 home runs e impulsionou 137 corridas, a sua melhor marca também em uma mesma temporada.
Não chega a ser possível comparar Pujols com Babe Ruth por exemplo por causa de sua expressiva média de home runs, mesmo porque o lendário Ruth conseguiu se manter acima dos 40 por ano em onze de pelo menos treze dos seus 21 anos de carreira, tendo conseguido inclusive 60 em 1927. Mas da para dizer que Pujols é diferenciado, que consegue fazer a difrença em campo, mesmo porque já foi eleito MVP três vezes, tendo ficado em segundo lugar em outras quatro oportunidades, só não foi escolhido para o All Star Game em 2002 e levou o prêmio Silver Slugger seis vezes além da Luva de ouro duas vezes. Não resta dúvida de sua importância no Cardinals, é o grande ídolo, é o jogador que alavanca o marketing na equipe, que vende camisas e lota as arquibancadas do Busch Stadium. O problema é não ter dinheiro para mantê-lo.
Não somos os milionários Yankees e Red Sox, diz o proprietário John Mozeliak. O Cardinals e Pujols não chegaram a um acordo nesta quarta-feira, data limite estipulada pelo atleta que não quer negociar durante a temporada pois deseja apenas se concentrar no jogo. O pedido era de 275 milhões de dólares por dez anos, e podia ser negociado ainda por 200 milhões de dólares em oito anos, mais algumas participações extras previstas no contrato. Albert Pujols disse não, e ao menos que mude de idéia até outubro, será um agente livre após a Wolrd Series, podendo ir para qualquer outro time, um milionário como o Yankees ou o Red Sox e talvez até um grande rival como Chicago Cubs ou Texas Rangers. Hoje em dia o dinheiro fala mais alto no esporte em alguns casos, e isso vale mais que seguir defendendo o time onde começou e onde até já foi até campeão.
3 Comentários:
E quando se trata de esporte nos EUA a coisa deve ficar ainda mais complicada. Eles são muito bons em movimentação de cifras impressionantes, marketing, publicidade. É duro...
Abs.
Jean Francisco
esportday.blogspot.com
@Jean, e na MLB é ainda pior, pois não existe teto salarial.
Puts..., não sabia! É assim fica difícil.
Abraços
Jean Francisco
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