E a Terra tremeu no Japão
Hoje em dia o mundo em que vivemos é conhecido pelos continentes da Oceania, Ásia, África, Europa e Américas do Sul, Norte e Central, só que nem sempre foi assim. Voltando milhões de anos no tempo, conheceremos a Vaalbara, o Kenorland na era Arqueozóica, o supercontinente Columbia e muitos outros, como também o mais famoso de todos eles que é a Pangeia. Apenas 200 milhões de anos atrás, era possível andar da Ásia até a América do Sul sem ter que atravessar o Oceano para isso. O problema é que tudo mudou, mesmo que bem devagar ao longo dos milhões de anos. A Terra é dividida em placas tectônicas, elas se movem constantemente, fazendo os continentes se separarem aos poucos, e isso causa destruição e transtorno aos seres humanos que vivem aqui.Se não fosse a Lua, único satélite natural ao redor do planeta Terra, não haveria vida neste planeta porque sua rotação seria de apenas quatro horas. Um asteróide se chocou com o terceiro planeta do Sistema Solar antes mesmo de existirem os Dinossauros, quando provavelmente os continentes eram unidos e assim garantiu que hoje você pudesse estar lendo essas palavras. Desta forma, sem saber que um dia terremotos iriam causar danos enormes, levar vidas e assustar milhares de pessoas, todos viveram normalmente, construiram e tentaram se adaptar aos problemas que a natureza do planeta pode proporcionar. Um grande exemplo de adaptação é o Japão, que para sua tristeza está localizado entre três placas tectônicas, que causam tremores praticamente todos os dias.
Inúmeras medidas de segurança, treinamentos para todos, abrigos e uma adaptação obrigatórias que os moradores do Japão passaram a possuir. O problema é que em algum dia dos milhões de anos que leva para um continente se afastar do outro, eles se movem de forma mais devastadora, causando um terremoto de 8,9 graus na escala richter, sendo registrado como o quinto maior tremor de terra na história recente do ser-humano neste planeta. Pior do que fazer o chão tremer, é fazer o chão tremer no fundo do Oceano Pacífico, e causar assim um movimento na água que naturalmente vai em direção aos continentes em sua volta. Neste caso específico a porção de terra mais próxima era o Japão, que acabou sendo devastado por uma enorme Tsunami, a onda gigante que destrói tudo que encontra pela frente.
O Ocidente dormia enquanto o Oriente era destruído. Ao acordarem pela manhã, todos recebiam a notícia do desastre e ficavam incrédulos como no dia 26 de dezembro de 2004 quando o mesmo aconteceu na região da Indonésia. Para o povo japonês o drama era ainda maior, eles estavam preocupados com seus parentes, não conseguiam entrar em contato, nem por telefone, nem pela internet, não havia qualquer tipo de comunicação com a Região de Tohoku, na ilha de Honshu, uma das áreas que foi severamente atingida. E das diversas regiões do mundo onde a tensão tomava conta de todos, uma delas era a cidade de Boston nos Estados Unidos, justamente no time de beisebol do Boston Rede Sox, que possui dois jogadores japoneses, Hideki Okajima e Daisuke Matsuzaka.
Okajima, cujos parentes mais próximos (sua esposa e filhos) moram nos Estados Unidos, relatou que seus outros entes queridos estão bem e a salvo. Já Matsuzaka viveu um drama logo pela manhã pois não conseguia contato com seus pais, reestabelecido mais tarde pela Internet com boas notícias, no entanto ele não conseguiu obter notícias de sua avó, que mora na região norte de Aomori, perto do epicentro do terremoto. Infelizmente ela pode estar entre as mais de 500 pessoas que morreram até agora ou entre as milhares que ainda estão desaparecidas. Tudo porque os continentes seguem fazendo o que fazem a milhões de anos, estão se movendo, e nem a alegria do esporte pode evitar a tristeza por essas tragédias, porque sempre haverá de uma forma ou de outra algum tipo de ligação.
2 Comentários:
Esse é o tipo de tragédia na qual somos convidados a repensar nossa forma de vida, de atitudes e valores.
Jean Francisco
esportday.blogspot.com
Uma tragédia que abala o mundo e que chega também no esporte.
Difícil =/
Abraços,
Jessica Corais
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