E ele passou pelo teste

Eram 37 vitórias seguidas no saibro, dois títulos nos últimos dois torneios disputados na terra batida este ano, uma vitória de virada na semifinal contra Roger Federer que simplesmente comprovou o quanto Rafael Nadal é um gigante do tênis, principalmente jogando neste piso, mas em Madrid as coisas parecem ser diferentes, jogando em casa o espanhol parece não conseguir sempre o seu melhor jogo da vida. Não que ele nunca tenha sido campeão no complexo de Park Manzanares, isso já aconteceu em 2005 e no ano passado, porém Nadal já parou em quartas-de-final, semifinal e até na final de 2009. Era difícil imaginar que Rafael Nadal poderia perder dois sets esse ano em um mesmo jogo atuando no saibro, só havia mesmo um adversário para fazer isso, só mesmo o imparável Novak Djokovic de 2011 para conseguir isso.
A parcial de 7-5 no primeiro set mostrou que era possível, mas iria ser difícil, o que não da para entender é o simples 6-4 do segundo set. Nadal foi resistente e deu azar em algumas bolinhas que batiam na fita e se tornavam inalcançáveis, mas não foi o Nadal tantas vezes campeão no saibro que todos gostariam de ter visto neste domingo. Principalmente diante daquele que hoje deve ser visto também como um gigante do tênis atual, o jogador que não tomou conhecimento dos rivais que vinham pela frente e que passou até por outra grande sensação da competição em Madrid, derrotando o brasileiro Thomaz Bellucci na semifinal e acabado com o sonho do jogador que pelo menos conseguiu o melhor resultado de sua carreira. O principal trabalho havia sido feito e na grande decisão, no grande teste de fogo derradeiro ele não poderia mesmo falhar.
Agora Novak Djokovic, com sua 34ª vitória seguida desde as finais da Copa Davis em dezembro do ano passado, se junta à outras grandes lendas do tênis mundial como Guillermo Vilas que conseguiu 46 vitórias seguidas em 1977, Ivan Lendl que venceu 44 jogos entre 1981 e 1982, John McEnroe com 42 triunfos em 1984, Federer com sequências de 41 e 35, Bjorn Borg com 41 e 35 e Thomas Muster com 35. Todos eles gigantes que fizeram a história acontecer no mundo do tênis, sendo que Djokovic talvez ainda nem tenha terminado de escrever a sua história, já que depois de provar que o saibro não será problema ele quer continuar brilhando na terra batida, quer vencer também em Roma e quem sabe ir ainda mais longe do que todos poderiam imaginar em Roland Garros. Se fizer isso será número um do mundo, aí definitivamente não haverá mesmo mais nada para ser provar em sua carreira. (Foto: )
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