Sempre dando a volta por cima
A esperança, uma das grandes esperanças, estavam suas mãos, mas não era a única. Olhando atentamente para o seu rosto, é difícil não notar que usa maquiagem, impossível não se encantar com toda a sua beleza. Hope Solo é goleira, arqueira, a musa dos Estados Unidos e da Copa do Mundo de futebol feminino. Os soldados que lutam nas guerras ou os bombeiros do onze de setembro, os americanos tinham agora uma grande heroína, e não era apenas Hope Solo, era também Alex Morgan e principalmente Abby Wambach, cuja especialidade se tornou marcar gols na prorrogação. O Brasil se lamenta por isso e o Japão também se lamentaria, se não fosse única a esperança americana.Barack Obama, com sua família, todos bem servidos de petiscos, tensos nas poltronas e sofás acompanhando a grande final da Copa do Mundo de futebol feminino. Pelo twitter seguem suas mensagens, de Frankfurt para o mundo seguem as imagens de mais uma grande decisão do futebol. Desta vez não é uma guerra, desta vez não é a Segunda Guerra Mundial entre Estados Unidos e Japão. A batalha dentro de campo é apenas no âmbito esportivo, é apenas um jogo, porém de uma grande importância. Bombas nucleares não vão resolver desta vez, Hiroshima e Nagasaki não merecem sofrer mais, a natureza com um terremoto, um tsunami e se não bastasse ainda um vazamento em uma usina nuclear já os fizeram sofer o suficiente. Só não as impediram de irem à Alemanha.
É bom ter esperanças, é ótimo ter heroínas. Os Estados Unidos tem Hope Solo, Abby Wambach, mas o Japão tem Aya Miyama e Homare Sawa. A noite chegou, o jogo não acabou e a decisão será na disputa por pênaltis. A única esperança americana fez o seu trabalho, mas quem virou heroina nesse dia foi a goleira japonesa, que fez o seu trabalho duas vezes. Kaihori e suas companheiras levaram o futebol japonês ao lugar onde jamais haviam sonhado chegar um dia, conseguindo vencer a Copa do Mundo de futebol feminino pela primeira vez em sua história, e logo contra os Estados Unidos, sem precisar jogar nenhuma bomba, sem ir além de uma disputa esportiva saudável, dando finalmente ao povo que sempre perdeu e teve que dar a volta por cima a oportunidade de poder finalmente comemorar um grande triunfo. (Foto: Reuters)
2 Comentários:
Eu estava assistindo, vibrei muito.
Não que não goste das americanas... Nada disto. Jogam muito e são lindas, mas a garra japonesa, a superação... Foi legal demais.
@Ron Groo: Garra que certas seleções que a gente conhece por aí não tem !!! e foi a Copa inteira, passaram por Alemanha, Suécia ... impressionante mesmo.
Postar um comentário