Senna na Williams ... novamente

11:37 Net Esportes 4 Comments

Na história não, mas após a década de 1980 e durante os anos de 1990, era bem fácil colocar a equipe Williams como uma das maiores da Fórmula 1, brigando diretamente com Ferrari e McLaren. Hoje em dia as coisas não são mais assim. O time de Frank Williams surgiu em 1978, época que o campeonato ainda começava na Argentina como na década de 1950, e acreditem ou não já ganhou o título em 1980 com o australiano Alan Jones que deixou Nelson Piquet para trás. As coisas eram tão boas naquela época que vieram títulos de construtores em 81, 86 e 87, além de mais títulos de pilotos em 1982 e 1987. A partir de 1990 nem se fala, o modelo FW15C com suspensão ativa é considerado um dos melhores de todos os tempos. Todo mundo queria correr na Williams, inclusive Ayrton Senna.

Ano e 1992, Williams absurdamente imbatível e ninguém pode segurar Nigel Mansell, o grande campeão que colocou uma enorme vantagem até no seu companheiro de equipe Riccardo Patrese. Senna demorou e quase nem correu em 1993, pois Alain Prost assinou com a Williams e exigia no seu contrato não ser companheiro de Ayrton Senna. O francês correu ao lado de Damon Hill e acabou campeão no seu último ano de Fórmula 1. Na época não tinha como contestar qualquer desejo de se correr na Williams, era mesmo o melhor carro, a melhor equipe, uma equipe que inclusive venceu os campeonatos de 1996 e 1997, mas em 1994 a situação se complicou, os sistemas eletrônicos foram banidos (não para Benetton) e Senna ainda acabou sendo vítima de uma gigantesca tragédia.

Eu li no Diário de São Paulo escrito por "Redação" que "O torcedor mais saudoso certamente vai vibrar quando ver novamente o nome Senna escrito no carro da Williams". Como assim? Para mim a única associação entre Senna e Williams é morte. Ayrton Senna abandonou duas corridas, sendo uma delas no Brasil, e morreu na terceira corrida que fazia na equipe Williams. Eu não discordo que a história da equipe é grande, que andar no museu deve ser realmente interessante como descreve o sobinho de Ayrton, o recém contratado Bruno Senna, acho ainda que Ayrton poderia ter sido o campeão de 1996 e 1997, mas não consigo fazer nenhuma associação boa entre Senna e Williams. Isso não siginifica que sou contra um Senna na Williams, mesmo porque após 18 anos está acontecendo novamente.

Claro que não existe um medo ou receio que Bruno Senna vai morrer em alguma curva Tamburello. A Fórmula 1 não vê uma morte desde Ayrton Senna em 1994. Sem falar que até o ano passado outro brasileiro corria pela Williams. O grande detalhe é que a Williams está acabada hoje em dia, mesmo não fazendo uma associação muito boa entre Senna e Williams como sugere o jornal Diário de São Paulo, também não é possível fazê-la por outro motivo. Rubens Barrichello conseguiu no máximo uma quarta colocação em 2010, terminando o ano como décimo, e acabou sendo pífio em 2011. O brasileiro muitas vezes massacrado pela mídia e menosprezado pelos torcedores ainda vê sua carreira chegar ao fim da pior forma possível com essa ida de Senna para a equipe Williams.

Melhor do que a Hispania. Quanto a isso não resta absolutamente nenhuma dúvida. Melhor que a Lotus Renault. Talvez, mesmo porque a Lotus Renault que Bruno Senna correu em 2011 não foi nem de perto a mesma Lotus Renault do começo de 2011 quando ele ainda não estava lá. Talvez a Williams melhore, talvez um dia volte a ser a Williams dos anos de 1980 e 1990, mas dificilmente será agora e quem sabe não seja nem enquanto Bruno Senna estiver por lá. Não deixando de existir, a Williams sempre será uma grande equipe, pela sua história, mas a ida de um Senna para lá jamais poderá ser vista como algo tão bom para o saudoso torcedor. Isso vai acontecer no dia em que um Senna ir para a McLaren trabalhar com Ron Dennis. Aí sim o torcedor mais saudoso irá vibrar, principalmente se lá ele for campeão. (Foto: Divulgação)

4 Comentários:

Anônimo disse...

Estou seguindo o seu blog , gostei da reportagem.
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Marcelonso disse...

BSenna não terá vida fácil na Williams.

A equipe precisará desenvolver motor e chassi com uma dupla que tem pouca bagagem, e isso não será moleza.

A equipe como vc bem colocou, está bem distante daquilo que um dia já foi, mas ainda assim, tem uma certa organização.

Que a pachecada não espere milagre, isso não vai acontecer.

abs

Ron Groo disse...

Bem... Ao menos o problema de gancho para as transmissões da Globo já foi resolvido.

Agora eu pergunto.
Até onde é bom ter assinado com ESTA Williams neste estado?

Net Esportes disse...

@Ron Groo: Pode crer, o Galvão vai bater o recorde do ufanismo !!!!!!!