O elevador do Knicks sobe e desce
Poderia ser no World Trade Center, se não fosse aquele fatídico dia 11 de setembro de 2001. Mas pode ser no Empire States também, onde o King Kong original subiu no ano de 1933 em uma das cenas mais clássicas na história do cinema. Pegue um dos elevadores e vá até o andar mais alto que puder, depois disso desça novamente e em seguida volte a subir. Faça isso algumas vezes e estará fazendo exatamente como a equipe de basquete dessa cidade incrível faz na atual temporada da NBA. O New York Knicks começou devagar, depois melhorou, voltou a ir mal, viveu uma época incrível onde era a grande sensação do ano, caiu em seguida, se recuperou, piorou e agora voltou a jogar bem. Isso tudo em uma temporada mais curta, e onde cada uma das fases teve os mais diversos ingredientes, como se você estivesse trocando de elevador cada vez que subisse ou descesse pelos andares do Empire State Building.Carmelo Anthony e Amar'e Stoudemire ganharam no início do ano a compania de Tyson Chandler, que havia sido campeão com o Dallas Mavericks na temporada anterior. Sem falar que a equipe havia contratado Mike Bibby, também finalista um ano antes com o Miami Heat. Não havia porque não imaginar que este ano seria muito melhor do que em 2011, que a vaga nos playoffs viria de uma forma mais tranquila e que nos playoffs o time jamais acabaria eliminado da mesma forma triste e vexatória como foi no último duelo frente ao Boston Celtics. Mas nos seis primeiros jogos o time perdeu quatro, sendo duas dessas derrotas jogando no Madison Square Garden. A culpa como de costume caia no colo do técnico Mike D'Antoni, alguma coisa precisava ser feita, e rapidamente os resultados começaram a aparecer.
Andar até o meio da brooklyn bridge é maravilhoso, mas às vezes é preciso chegar até o outro lado. O Knicks não poderia alternar muitas vitórias com muitas derrotas, então a equipe venceu quatro vezes seguidas. Òtimo, pelo menos até a hora que o elevador chega no topo e começa a descer novamente. Carmelo Anthony chega a marcar 35 pontos no mesmo jogo, mas não adianta, são seis derrotas seguidas em seguida. A equipe chega a perder onze vezes em treze partidas. Desastre total, principalmente quando o principal jogador se machuca. Ledo engano, do banco vem a salvação, do banco vem o chinês Jeremy Lin que instala em todo mundo a Linsanidade. Formado em Harvard, dormindo no sofá do irmão, que história incrível. Knicks subindo mais uma vez, sete vitória seguidas e agora é rumo o Top of Rock, de lá da para ver o Empire States e o Central Park também.
Quem poderia imaginar que Lin faria isso? Ninguém. Mas quem poderia imaginar que com Lin jogando tão bem, as coisas fossem piorar se ele tivesse Anthony ao seu lado? Pelos mais escuros caminhos do metrô, procurando Godzilla nos esgotos de Nova York, afundando nas mais terríveis profundezas da Big Apple. Foram mais seis derrotas seguidas, e algumas delas para adversários diretos como Milwaukee e Philadelphia. O jeito é encontrar um culpado e dar jeito em uma situação que não poderia mais ser sustentada. Sai um Mike e entra outro. Mike D'Antoni vai embora e quem assume é Mike Woodson. O Knicks volta a subir, eles gostariam de subir no World Trade Center e não descer nunca mais, mas se for para subir no Chrysler Building mesmo já está ótimo. Cinco vitórias seguidas, oito em nove jogos, coisa linda, tudo perfeito, Lin, Anthony, Stoudemire, Chandler. Todo mundo, vamos aos playoffs? Calma.
Derrotas para Atlanta, Indiana, Toronto e Chicago Bulls. Muito mais vitórias do que derrotas, mas Amar'e Stoudemire e Jeremy Lin sofreram lesões e estão fora do time. É incrível como as coisas acontecem, o time vinha bem porque jogava de forma solidária, Carmelo Anthony não era o centro das atenções e tudo estava dando certo, mas aí dois dos quatro principais jogadores sofrem lesões. E aí o oito ou oitenta volta à tona em Nova York, coisa incrível. Anthony volta ser a grande estrela, o cestinha de cada partida e isso não é ruim como era no começo da temporada, agora o Knicks ganha os jogos. Contra o Chicago Bulls na vitória por 100 a 99 o ex-jogador do Nuggets fez 43 pontos. Ontem a vitória foi contra o rival direto Milwaukee Bucks, na briga pela oitava e última vaga do Leste nos playoffs.
Faltam oito jogos para o Knicks nesta curta temporada pós-greve na NBA. Partidas que incluem Miami, Boston e Clippers em casa. A equipe de Nova York tentará manter a atual boa fase, que conta com algumas derrotas, mas que conta com muito mais vitórias, que faz o time se manter acima dos 50% de aproveitamente, limite que sempre dava início a uma nova queda na tabela. O New York Knicks subiu, desceu, subiu novamente, voltou a descer e parece estar subindo mais uma vez, ou se mantendo no meio. A vista lá de cima é muito melhor, mas ela é privilégio de Bulls, Heat e até Pacers. O Knicks, no entando, precisará ir até lá estando nos playoffs, porque se classificar em oitavo significa jogar contra o primeiro, e aí estando no alto o elevador só pode descer. Nos playoffs a derrota significa que o elevador não só vai descer, como vai despencar, porque nos playoffs não tem mais volta, se perder estará eliminado, metralhado por aviões como King Kong no alto do Empire States. (Foto: Chris Trotman/Getty Images)
3 Comentários:
Que temporada mais irregular que o Knicks está fazendo...
O problema que nos playoffs eles não terão mais chances de recuperação, se peder como vc flw vão estar fora...
@Patrick: Pode crer Patrick, pq aí o elevador não apenas desce, ele despenca e não sobe mais !!!
Na boa... Acho mais que normal. O Knicks nunca foi de uma regularidade... Assim tipo: portuguesa de desportos da NBA
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