Uma vitória no braço ... ou no kers e na asa
O aviador italiano Francesco Baracca morreu em uma missão durante a Primeira Guerra Mundial em 1918, porém não antes de entrar para a história. Visto como um ás da aviação, Baracca foi o piloto do seu país que mais abateu aeronaves inimigas. E na lataria do seu Spad S.XIII que triunfou em 38 duelos havia pintado um cavalinho rampante. E ele é o mesmo cavalinho rampante que a Ferrari usa nos dias de hoje em seus veículos, tudo porque a figura original, que mais tarde seria adapatada, foi um presente da Condessa Paolina, mãe de Baracca, à Enzo Ferrari, como um sinal de sorte. A boa maré então se tornou uma sina em corridas de carro, até os tempos atuais, aliados é claro a um grande talento de cada piloto que toma os volantes de um Ferrari como Baracca tomava o manche do seu avião.O problema é que além de um bom piloto, um cavalinho rampante da sorte e um indispensável Sistema de Recuperação de Energia Cinética, os carros da Ferrari que correm na Fórmula 1 tem também asas. Não é a mesma asa que a Red Bull da aos tomadores de energéticos e nem mesmo as asas que faziam Francesco Baracca dar uma de Santos Dumont durante alguma batalha sem sentido no final da década de 1910, mas é uma asa que ajuda muito. É uma asa móvel que fica no aerofólio do carro e é acionada através de um botão em um trecho da pista pré determinado. A velocidade aumenta consideravelmente e o resultado fica ainda melhor quando se tem um bom piloto no comando, um Kers para ajudar e um composto de borracha que a fabricante Pirelli insiste em chamar de pneus. Aí ninguém segura.
Assim o cavalinho rampante da um show e ultrapassa dois rivais em poucas voltas. Seu companheiro de equipe vinha junto, mas ficou para trás. Para um acontecimento como esse não se da o nome de melhor estratégia, isso é puro privilégio. Um direito que ganha quem tem mais títulos mundiais, quem se da melhor com a sorte do cavalinho rampante e quem pilota um carro tão bem quanto um certo Francesco Baracca pilotava um avião na Primeira Guerra Mundial. Essa Fórmula 1 de 2013 está bem parecida com a Fórmula 1 de 2012. Está equilibrada, e toda agitada com muitas emoções, com ultrapassagens e acontecimentos inesperados como foi no início de 2011. A Fórmula 1 equilibrada que faz tanto bem ao gosto da maioria, mas uma Fórmula 1 que parece falsa. Ganhou na China o melhor piloto com o melhor carro ou venceu o cavalinho, o kers e as asas inabaláveis de Francesco Baracca?
1 Comentários:
A vitória de Alonso foi um misto de talento, sorte e estratégia.
O espanhol foi agressivo desde o inicio, manteve os adversários sob controle, levou sorte nova enrosco de Kimi e Perez que acabou danificando a Lotus e por fim assistiu tudo conspirar a seu favor. Como não é bobo, soube aproveitar muito bem a oportunidade.
Novamente o equilibrio será a tônica da temporada, quem errar menos vai levar.
abs
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