Len Bias, o grande jogador que jamais jogou
Dar uma olhada em como foram os drafts na NBA em anos anteriores tem vários aspectos interessantes. Um deles é ver em que posição cada um dos jogadores foram escolhidos, e em que ano isso aconteceu. Outra coisa é ver o que aconteceu com cada um, se jogou bem, se foi campeão entre outras coisas. No draft de 1986, por exemplo, Dennis Rodman foi apenas a terceira escolha da segunda rodada, mas acabou tendo uma carreira gloriosa e foi eleito para o Hall da Fama do basquete. Algo que não aconteceu com Brad Daugherty, a primeira de todas as escolhas, que pelo menos foi para All Star Game em cinco oportunidades.
Estar no jogo das estrelas e no time da NBA de 1992, foi um privilégio para Daugherty que jamais aconteceu com a segunda escolha daquele draft de 1986. Len Bias não teve o mesmo destino que a maioria dos escolhidos daquela primeira rodada, exceto Arvydas Sabonis que apesar de ter sido selecionado em 1986 só foi jogar em 1995. Bias teve um destino igual ao de Ken Barlow, Joe Ward, Steve Mitchell e alguns outros. Eles jamais jogaram na NBA como atletas profissionais, porém os motivos que fizeram Len Bias não jogar foram um pouco mais trágicos do que os demais.
Era o dia 17 de junho de 1986, o dia mais importante na vida dos jovens atletas das Universidades que sonham em realizar seus sonhos e alcançar seus objetivos. O dia mais feliz na vida de Len Bias que viveu uma noite mágica no Madison Square Garden. Dos microfones, David Stern (ele já estava lá na NBA nessa época!) anunciou Bias como escolha do Boston Celtics, equipe que havia trocado com o Seattle Supersonics a segunda escolha da primeira rodada. Direto da Universidade de Maryland para os holofotes de todo o planeta. Bias viveu seu dia de maior euforia, e isso acabou lhe custando a própria vida.
No dia seguinte, Len viajou com seu pai para Boston, para assinarem o contrato com seu novo time. Na mesma ocasião, o jovem que já era até mesmo comparado com Michael Jordan, assinou também um contrato de um milhão de dólares com a Reebok. À noite ele voltou para a sua casa em Maryland, dirigiu um carro esportivo alugado e jantou com amigos até as duas horas da madrugada. No campus da Universidade, outros amigos de Len Bias o conveceram de que a comemoração deveria continuar, e a festa deveria incluir também o uso de drogas, dentre as quais incluía a mais comum de todas naquele mundo agitado de pessoas cheias de dinheiros dos anos de 1980.
1 Comentários:
Eu não conhecia esta história, mas já havia visto algumas parecidas.
Cabeças fracas, muita grana, pouco aconselhamento.
É triste.
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