África sim, mas Quênia não
Dia 24 de agosto de 2008, em Pequim, na China, a maratona olímpica começou às 7h30 da manhã e após 2h06min54s quem cruzou a linha de chegada em primeiro lugar foi o queniano Samuel Kamau Wanjiru, onde o etíope Tsegay Kebede teve que se contentar com o bronze, já em 22 de agosto de 2009 a vitória de outra importante maratona, no Mundial de Berlim, ficou novamente com o Quênia, porém o nome do vencedor era outro, Abel Kirui, sendo que mais uma vez na terceira posição estava ele, Kebede, da Etiópia, e não do Quênia, será que ter nascido em um país africano vizinho ao da maioria dos vencedores iria sempre ser um problema para ele? Londres provou que não.Nascido em 1987, jovem promessa do atletismo, levar duas medalhas de bronze ainda no início de carreira é para comemorar e comemorar muito, porém quando um atleta nasce para ser campeão ele prova isso se superando a cada dia, Kebede não se abalou quando quase ganhou duas importantes competições do atletismo, ele seguiu trabalhando e mostrou mais uma vez que a tradição em vencer provas de fundo não é uma exclusividade do Quênia e sim de muitos lugares da África, agosto de 2008 ficou para trás, agosto de 2009 foi esquecido e abril de 2010 é o novo mês para colocar seu nome na história, na Maratona de Londres, onde o domínio massacrante do Quênia chegou ao seu final.
Emmanuel Mutai bem que tentou, ele buscava a incrível marca de sete triunfos consecutivos do Quênia na Maratona da capital inglesa, que viu Samuel Wanjiru vencer em 2009, Martin Lel levar em 2008, 2007 e 2005, Felix Limo ser o melhor em 2006 e Evans Rutto que deu início a tudo em 2005 justamente um ano após uma vitória da Etiópia, com Gezahegne Abera, que hoje muito provavelmente viu a grande performance do compatriota Tsegay Kebede que voltou a dar imensa alegria ao seu povo, correndo muito rápido e conseguindo chegar com mais de um minuto de vantagem ao cruzar a linha de chegada, chega de amargar terceiras colocações, agora finalmente ele teve o direito de subir no lugar mais alto do pódio.Festa etíope nas ruas de Londres que viu uma multidão cruzar a Tower Bridge e passar em frente ao Big Ben, mas nem tudo foi alegria para o país pobre da África que no feminino teve que ver sua representante Aselefech Mergia ficar no quase ocupando a tal da terceira colocação, onde quem brilhou mais foi a Rússia, com Liliya Shobukova, que no ano passado foi a terceira colocada, dando assim muito mais esperanças para qualquer terceiro colocado de qualquer maratona no mundo, pois eles estão provando que levar a medalha de bronze hoje pode ser um prenuncio de que em um futuro não muito distante essa terceira colocação pode se transformar em uma grande e bonita vitória. (Fotos: Reuters e ZumaPress via PicApp)
2 Comentários:
Não é só no quênia que temos grandes corredores. Os africanos tem mesmo o corpo diferenciado para corridas.
Pow esse quenianos são sinistro!
Eles ganham tudo... São quase imbatíveis na maratona!
Na marotana de São Paulo sempre tem um ou outro ganhando... Foda...
Mais parabéns para Kebede... Que ficou no quase duas vezes e consegiu bater esse quenianos.... Foi uma verdadeira lição de superação do atleta pra consegui a tão sonhada vitória....
Tenha uma bela semana, cheia de paz, alegria e sucesso!!
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