Duelo de musas no US Open

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Caroline Wozniacki of Denmark reacts after defeating Kai-Chen Chang of Taiwan 6-0, 6-0 in the second round at the U.S. Open Tennis Championships in Arthur Ashe Stadium in New York City on September 2, 2010. UPI/John Angelillo Photo via Newscom
Já estava previsto desde quando foram divulgadas as chaves do torneio, elas tinham tudo para se enfrentarem nas oitava-de-final neste que é o último Grand Slam de tênis do ano. Ninguém dúvida da capacidade da australiana Samantha Stosur e muito menos do que pode fazer jogando em casa a norte-americana Venus Williams, a história de Francesca Schiavone em Roland Garros poderia muito bem se repetir em Flushing Meadows e nem se fala sobre todo o potencial que a atual campeã Kim Clijsters possui e que pode lhe render mais um taça sem sobras de dúvida. Porém pelo que vem jogando outras duas jogadoras, que se não bastasse serem boas com a raquete também são musas das quadras, a final já estaria talvez até definida se elas fossem cabeças-de-chave número um e dois, privilégio que apenas uma das duas conseguiu ter em Nova York.

La está ela no topo da chave, sossegada e bem longe da belga Kim Clijsters. A dinamarquesa Caroline Wozniacki não poderia ter adversárias mais fáceis nas três primeiras rodadas, aplica duplo 6-1 na local Chelsey Gullickson e em seguida contrae Kai-Chen Chang na segunda rodada aproveita para abusar de um velho hábito dos nova-iorquinos: andar de bicleta. O placar é simplesmente arrasador, peneu no primeiro set e pneu no segundo, 6-0 e 6-0 significa bicicleta na gíria do tênis. As dificuldades previstas eram apenas nas oitavas-de-final então mais facilidade na terceira rodada contra Yung-Jan Chan, 6-1 e 6-0 e ninguém vai ficar com o carro parado por falta de estepe. O problema agora é que a cabeça-de-chave número 14 não é nem Kuznetsova e nem Amanmuradova, e sim Maria Sharapova.

Chega de sustos para a russa campeã no Billie Jean King National Tennis Center em 2006. Começar perdendo logo o primeiro set da competição só serviu para mostrar todo o poder de recuperação de Sharapova. Dois sets a um contra a australiana Jarmila Groth e as mesmas facilidades encontradas por Wozniacki vieram na segunda rodada, quando aplicou 6-1 e 6-2 na checa Iveta Benesova. Andar de bicicleta nas intermináveis malhas de ciclovias da Big Apple é mesmo muito agradável, assim a russa também faz questão de escolher a sua melhor magrela para mostrar o quanto está em boa forma, 6-0 e 6-0 contra a convidada da organização Beatrice Capra e só uma certeza além do vento forte que fazia na quadra central Arthur Ashe: as duas musas do tênis mundial confirmaram seus status de favoritas e vão se enfrentar como era previsto.
Maria Sharapova struggled in the very windy conditions on centre court today. US Open Tennis. Day 6. Flushing Meadows, New York. 04.09.10 Photo By Karl Winter Fotosports International Photo via Newscom
O duelo já aconteceu duas vezes em toda a história, nos torneios de Roma e Doha, ambos realizados em 2008 e ambos vencidos por Maria Sharapova. Uma época em que Caroline Wozniacki tinha apenas 18 anos e muito menos experiência, além de nenhum resultado expressivo em torneios de Grand Slam. A linda e jovem jogadora que era apenas uma promessa evoluiu bastante e além das quartas-de-final em Roland Garros deste ano foi justamente a finalista do US Open no ano passado, onde perdeu o título para Kim Clijsters de forma dramática. Ela não quer ver essa história se repetir mas terá uma tarefa duríssima porque Sharapova quer ver a história de quatro anos atrás se repetir, o confronto de duas das mais belas jogadoras da atualidade tem tudo para ser extremamente equilibrado e certamente não haverá mais nenhum pneu e nenhuma bicicleta, só uma das duas irá vencer mas independente disso ambas continuarão sendo juntas as campeãs em termos de beleza. (Fotos: John Angelillo/UPI/Newscom e Newscom via PicApp)

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