Duelo de musas no US Open
Já estava previsto desde quando foram divulgadas as chaves do torneio, elas tinham tudo para se enfrentarem nas oitava-de-final neste que é o último Grand Slam de tênis do ano. Ninguém dúvida da capacidade da australiana Samantha Stosur e muito menos do que pode fazer jogando em casa a norte-americana Venus Williams, a história de Francesca Schiavone em Roland Garros poderia muito bem se repetir em Flushing Meadows e nem se fala sobre todo o potencial que a atual campeã Kim Clijsters possui e que pode lhe render mais um taça sem sobras de dúvida. Porém pelo que vem jogando outras duas jogadoras, que se não bastasse serem boas com a raquete também são musas das quadras, a final já estaria talvez até definida se elas fossem cabeças-de-chave número um e dois, privilégio que apenas uma das duas conseguiu ter em Nova York.La está ela no topo da chave, sossegada e bem longe da belga Kim Clijsters. A dinamarquesa Caroline Wozniacki não poderia ter adversárias mais fáceis nas três primeiras rodadas, aplica duplo 6-1 na local Chelsey Gullickson e em seguida contrae Kai-Chen Chang na segunda rodada aproveita para abusar de um velho hábito dos nova-iorquinos: andar de bicleta. O placar é simplesmente arrasador, peneu no primeiro set e pneu no segundo, 6-0 e 6-0 significa bicicleta na gíria do tênis. As dificuldades previstas eram apenas nas oitavas-de-final então mais facilidade na terceira rodada contra Yung-Jan Chan, 6-1 e 6-0 e ninguém vai ficar com o carro parado por falta de estepe. O problema agora é que a cabeça-de-chave número 14 não é nem Kuznetsova e nem Amanmuradova, e sim Maria Sharapova.
Chega de sustos para a russa campeã no Billie Jean King National Tennis Center em 2006. Começar perdendo logo o primeiro set da competição só serviu para mostrar todo o poder de recuperação de Sharapova. Dois sets a um contra a australiana Jarmila Groth e as mesmas facilidades encontradas por Wozniacki vieram na segunda rodada, quando aplicou 6-1 e 6-2 na checa Iveta Benesova. Andar de bicicleta nas intermináveis malhas de ciclovias da Big Apple é mesmo muito agradável, assim a russa também faz questão de escolher a sua melhor magrela para mostrar o quanto está em boa forma, 6-0 e 6-0 contra a convidada da organização Beatrice Capra e só uma certeza além do vento forte que fazia na quadra central Arthur Ashe: as duas musas do tênis mundial confirmaram seus status de favoritas e vão se enfrentar como era previsto.O duelo já aconteceu duas vezes em toda a história, nos torneios de Roma e Doha, ambos realizados em 2008 e ambos vencidos por Maria Sharapova. Uma época em que Caroline Wozniacki tinha apenas 18 anos e muito menos experiência, além de nenhum resultado expressivo em torneios de Grand Slam. A linda e jovem jogadora que era apenas uma promessa evoluiu bastante e além das quartas-de-final em Roland Garros deste ano foi justamente a finalista do US Open no ano passado, onde perdeu o título para Kim Clijsters de forma dramática. Ela não quer ver essa história se repetir mas terá uma tarefa duríssima porque Sharapova quer ver a história de quatro anos atrás se repetir, o confronto de duas das mais belas jogadoras da atualidade tem tudo para ser extremamente equilibrado e certamente não haverá mais nenhum pneu e nenhuma bicicleta, só uma das duas irá vencer mas independente disso ambas continuarão sendo juntas as campeãs em termos de beleza. (Fotos: John Angelillo/UPI/Newscom e Newscom via PicApp)
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