De onde veio Dan Wheldon?

17:50 Net Esportes 5 Comments

Dan Wheldon veio da desconhecida cidade de Emberton, na Inglaterra, local onde nasceu no dia 22 de junho de 1978. Dan Wheldon vem da escola britânica de automobilismo, vem da Panther direto para a Andretti Green e depois vai para a Ganassi. Mas de onde veio Dan Wheldon nesta histórica corrida de 100 anos das 500 Milhas de Indianápolis? O que mais se viu sobre esse piloto que já venceu essa prova em 2005 que não fosse apenas o fato de que largou na sexta posição, uma excelente posição de largada para uma corrida que dura uma eternidade como as 500 milhas. Onde foi parar o pole-position Alex Tagliani? Como acreditar que Scott Dixon, líder por nada a menos que 73 voltas, poderia perder essa corrida? Cadê o Dario Franchitti, que andou tanto tempo na frente? Mais inacreditável que isso só mesmo o que aconteceu com J. R. Hildebrand.

As 500 Milhas de Indianápolis só tem 100 anos de histórias em 95 edições exatamente por isso, os acontecimentos são inesperados e mais do que tudo isso inesxplicáveis. Dixon, Franchitti e Tagliani brigando no começo da corrida. Mais tarde eles recebem a companhia de Oriol Servià e conforme o tempo passa aparece até o brasileiro Tony Kanaan nas primeiras posições. Esse ano o sol brilhou mais forte no Indianapolis Motor Speedway, o hino nacional nas vozes de Seal e Kelly Clarkson foi mais demorado, mais sincronizado com o caça supersônico que cruzou o céu de Indiana bem mais devagar que os tradicionais caças que sempre rasgavam o céu em um momento que de qualquer forma é sempre emocionante. Esse ano tudo parecia diferente porque era o ano centenário, as bandeiras amarelas pareciam estar em total sincrônia com os momentos de paradas no boxes.

Por causa desse sincronismo todo era difícil ver outro carro na ponta que não fosse um carro vermelho da Chip Ganassi, ainda restavam 50 voltas, na hora da verdade para as 500 milhas, mas era difícil ver outro vencedor que não fosse Dixon ou Franchitti. E se fosse assim não seria Fórmula Indy, não seria a prova com 100 anos de existência, se Danica Patrick não assume a liderança no final da corrida não se tratava de mais uma edição das 500 Milhas de Indianápolis. Infelizmente a melhor pilota da história até hoje tem que ir reabastecer, assim Bertrand Baguette assume a liderança, com o mesmo destino de Danica no entanto. Agora sim é uma corrida digna de 100 anos de 500 milhas, lá na frente está o novato J. R. Hildebrand, tentando repetir o feito de Hélio Castroneves de 2001, quase sem etanol, e com um destino que ninguém, nem mesmo Dan Wheldon poderia imaginar.

Havia um muro no meio do caminho, no meio do caminho havia um muro. Desconsolado, com as mãos na cabeça e sem poder acreditar no que havia acabado de acontecer, Hildebrand muito provavelmente iria preferir ter visto seu carro sem combustível, seria menos deprimente, seria uma circunstância da corrida vivda por Danica Patrick e Bertrand Baguette. O destino assim não quis, ele bateu e mais incrível do que perder a corrida desta forma seria vencê-la se arrastando pela parede até a linha de chegada, algo que acocabou fazendo, e que lhe rendeu uma porque não honrosa segunda colocação que no final foi conseguida de forma sensacional. Tudo porque do nada surgiu Dan Wheldon, o britânico que ninguém sabe de onde veio, o piloto que apareceu apenas na hora certa, venceu de forma inesperada e sentiu mais uma vez o gosto do leite concedido ao grande vencedor. O vencedor de uma corrida que jamais será esquecida pelos amantes da velocidade e por todos os amantes dos maiores eventos esportivos do planeta. (Por: Net Esportes Foto: Jonathan Ferrey/Getty Images)

5 Comentários:

Fórmula Indy é uma categoria interessante do automobilismo, pena que seja um evento tão americano, nesse quesito acho mais interessante a fórmula 1.

Ron Groo disse...

De onde ele veio eu não sei... Mas o JR olhou pro retrovisor e pensou: "-Seria melhor que ele se atrasasse um pouquinho...."

Sujeito sortudo.

Net Esportes disse...

@Ron Groo: Sorte é pouco Groo, desde 1912 que um piloto não ganhava sem ter liderado ao menos uma volta.

Anônimo disse...

Eu sei que aquilo é competição, e não existe santo ali. Mas eu fiquei com uma pena do Hildebrand. Tomara que ele consiga ter sucesso na carreira.

Net Esportes disse...

@abutre236: Eu não tive muita pena porque ele surgiu do nada também !!! Mas merecia porque economizou combustível, foi coisa do destino mesmo.