Domingo tem Danica em Daytona
Disputada pela primeira vez em 1959, a Daytona 500 é uma corrida única e especial. Acredito que ela se encaixa em uma situação semelhante à das 500 milhas de Indianápolis, onde uma pessoa que não costuma acompanhar nada de Fórmula Indy pode ter interesse em ver apenas a tal prova lendária em questão. A mesmo coisa com relação a quem não vê futebol americano, mas quer ver o Super Bowl. Quem não acompanha nenhum esporte olímpico e não tira o olho das Olimpíadas a cada quatro anos. Ou ainda brasileiros que não ligam muito para futebol, mas que deixam até de trabalhar para ver um jogo do Brasil na Copa do Mundo. Ninguém vai parar de trabalhar para ver a Daytona 500 nesse domingo, só que motivos para tanto não faltam.Às vezes eu fico pensando se existiria stock car no Brasil se não fosse a NASCAR, e o pior é ver a emissora de televisão que faz a Stock Car Brasil ser possível não comentar absolutamente nada sobre a principal categoria stock car do planeta. Talvez essa história mude um pouco nesse ano, pelo simples fato da Sprint Cup (principal categoria da NASCAR) estar contando com uma mulher entre os principais pilotos. E não se trata de uma mulher qualquer, se trata de Danica Patrick, que sabe atrair a atenção da mídia, do público, dos patrocinadores e de tudo mais que puder. Por isso talvez a Daytona 500 deste ano seja ainda mais interessante de se acompanhar do que já é por natureza, tudo porque domingo tem Danica em Daytona.
"Se eu acho que posso vencer a Daytona 500? Sim eu posso" - foi a declaração de Danica Patrick. Uma mulher que faz campanhas publicitárias sensuais, fotos ousadas de biquíni ou tirando o macacacão, não iria mesmo ter medo de uma estreia na prova mais importante do ano para a NASCAR. E toda essa confiança de Patrick não é nenhum absurdo para quem a conhece e conhece sua história na Fórmula Indy. A belíssima piloto largou na quarta posição em sua estreia nas 500 milhas de Indianápolis, chegou a liderar a prova e terminou na mesma quarta posição. Em 2008 venceu uma corrida no Japão e mais tarde teve um grande chance de vencer as 500 milhas novamente. Danica, no entanto, largará em 30º lugar, mas a história do ano passado em Daytona está a seu favor.
Até 2010, a única vez que um piloto estreante venceu a Daytona 500 foi justamente no primeiro ano da Daytona 500, pois obviamente todos eram estreantes! Mas a história se repetiu em 2011, quando Trevor Bayne, de apenas 20 anos de idade saiu da 21ª posição para cruzar a linha de chegada em primeiro. Para os fãs, para a mídia em geral, para a história, para as mulheres, para tantas coisas uma vitória assim de Danica Patrick seria realmente incrível. Seria o que realmente todos gostariam de ver no automobilismo, mesmo que seja na NASCAR e não na mais interessante Fórmula 1. O mundo iria voltar suas atenções para uma corrida de stock car valorizada mais quando faz a sua corrida mais interessante do ano. Apesar de que mesmo que isso não aconteça, já existe mais atenções do que o normal voltadas para a Daytona 500 deste ano. Tudo porque é a Daytona 500, é a final da Copa, o Super Bowl ou as 500 milhas, e ainda por cima tem uma mulher correndo lá desta vez. (Foto: Jamie Squire/Getty Images for NASCAR)
3 Comentários:
Sinceramente não sou fã de corrida de carros em circulo, mas sempre que dá vejo as últimas dez voltas na NASCAR - é uma doideira sem igual.
Com a Danica por lá, vai ficar melhor...hehehehe!
abs
Você tocou num ponto interessante quando fala sobre a Globo e a Stock Car, acho que eles imaginam que criaram a categoria e que sem ela não existiria a Nascar, imagino que eles pensem assim. É como se a Nascar fosse uma categoria inferior à Stock.
Eu acompanho algumas provas, e Daytona é a top mesmo, a emoção que envolve a etapa é fora do comum, só sinto falta de algum brasieliro com chances reais de vitória.
Luiz Paulo Knop
www.resenhaesportiva.com
@Luiz: Verdade Luiz, e o último brasileiro que tentou por lá que eu me lembre foi o Nelsinho Piquet .... aí não da né !!!!!!!!
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